Rússia descarta ideia de uma reunião trilateral com Trump e Putin

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Na quarta-feira, o Kremlin afastou de forma categórica a proposta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre uma reunião trilateral com os líderes Vladimir Putin e Donald Trump. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, enfatizou que um encontro desse tipo só faria sentido se resultasse em “acordos concretos” entre as nações beligerantes.

Zelensky, por sua vez, parecia aberto a dialogar em qualquer formato. Em declarações realizadas na terça-feira, mas divulgadas no dia seguinte, ele afirmou: “Se Putin não se sentir à vontade para uma reunião bilateral, ou se todos preferirem uma reunião trilateral, estou preparado para qualquer formato”. Essas palavras refletem seu desejo de encontrar uma solução para o conflito que já dura mais de três anos.

A situação no terreno não é otimista. Nos últimos dias, intensos bombardeios marcaram o conflito, com o Ministério da Defesa russo alegando que a Ucrânia lançou cerca de 300 drones durante a noite, embora a maioria tenha sido interceptada. Zelensky, ao se reunir com o chefe de governo alemão, Friedrich Merz, recebeu garantias de que a Alemanha apoiará a produção de mísseis ucranianos sem limitações de alcance.

Além disso, Zelensky expressou preocupações sobre as táticas russas em prolongar o processo de paz. “Eles vão buscar constantemente razões para não fechar um acordo”, afirmou, enquanto instava a OTAN a convidar a Ucrânia para a próxima cúpula, que ocorrerá nos Países Baixos no final de junho. Ele enfatizou: “Se a Ucrânia não estiver presente, será uma vitória para Putin.”

Enquanto isso, Donald Trump, em sua plataforma Truth Social, comentou sobre suas relações históricas com Putin e expressou sua frustração com o atual estado das negociações para a paz. Na linha de frente, o conflito continua a cobrar um alto preço. Desde o início das hostilidades, em fevereiro de 2022, dezenas de milhares de vidas foram perdidas e áreas vastas do leste e sul da Ucrânia viraram cenários de destruição. Até o momento, a Rússia controla cerca de um quinto do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia, anexada em 2014.

Recentemente, uma investigação da ONU afirmou que o exército russo cometeu “crimes contra a humanidade” e “crimes de guerra” em suas ofensivas direcionadas a civis. No contexto atual, o presidente ucraniano alertou sobre o aglomerado de “mais de 50.000 soldados russos” nas proximidades de Sumi, sugerindo uma iminente ofensiva contra essa área frontal.

A Rússia também mencionou a elaboração de um “memorando” sobre suas condições para um acordo de paz duradouro, prometendo que o documento seria enviado a Kiev após a conclusão de uma troca de prisioneiros. As esperanças de um cessar-fogo, entretanto, permanecem distantes em um cenário de contínua tensão e violência.

O que você pensa sobre essa situação? Deixe seus comentários e vamos discutir as possíveis implicações e soluções para esse conflito complexo.

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