Nessa quarta-feira (30/4), uma investigação revelou que um prefeito da Bahia é o verdadeiro proprietário de um imóvel no condomínio Bay View, na Península de Maraú (BA), registrado em nome de outra pessoa. A ligação com essa propriedade de luxo, situada em um dos locais mais paradisíacos do litoral baiano, está associada a um alvo da Operação Overclean.
Bruno Reis, prefeito de Salvador, é o político mencionado. Com uma carreira política extensa, ele está em seu segundo mandato como prefeito da capital baiana.
Bruno iniciou sua trajetória política no final dos anos 1990, tornando-se vice-presidente do Partido da Frente Liberal (PFL). Em 2010, conquistou seu primeiro mandato como Deputado Estadual, sendo reeleito em 2014. Posteriormente, foi eleito vice-prefeito de Salvador, ao lado de ACM Neto, e em 2020, alcançou a prefeitura, conseguindo se reeleger em 2024.
Com um perfil popular, Bruno Reis possui mais de 650 milhões de seguidores nas redes sociais, onde compartilha suas realizações e opiniões.
A polêmica
Recentemente, a coluna investigou a conexão entre Samuca Franco, alvo da terceira fase da Operação Overclean, e Bruno Reis. Documentos indicam que dois apartamentos no condomínio Bay View, em Barra Grande, estão registrados em nome de Franco, mas um deles pertence, de fato, a Reis.
Testemunhas afirmaram que Bruno Reis esteve diretamente envolvido na escolha, negociação e personalização do imóvel. Apesar da propriedade estar oficialmente em nome de Franco, teus testemunhas relataram que os serviços personalizados foram solicitados por Reis.
Os apartamentos, antes avaliados em R$ 900 mil, agora valem cerca de R$ 1,5 milhão. O local oferece infraestrutura completa e ocupa uma posição privilegiada na Baía de Camamu, conhecida pela valorização imobiliária.
Além dessa relação, em maio de 2022, Reis e Franco tornaram-se sócios na SPE Vento Sul Empreendimentos Imobiliários Ltda. Bruno comprou 10% das cotas da empresa por R$ 60 mil. Já foi declarado que Reis e Franco mantêm uma amizade próxima, algo que foi evidenciado por discursos em eventos empresariais.
Diante da Operação Overclean, que investiga um desvio de R$ 1,4 bilhão em contratos públicos, as ligações entre os dois ganham relevância. Samuca Franco é apontado como operador financeiro do esquema, recebendo grandes somas de empresas suspeitas.
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