A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, anunciou que o governo decidiu levar à Justiça a greve iniciada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), considerando-a ilegal. Em suas declarações, ela ressaltou que a paralisação rompe um acordo construído com base na confiança e no diálogo, afirmando que já foram atendidas diversas reivindicações da categoria.
“Essa greve encerra a mesa de negociação. Não há justificativa legal para este movimento”, afirmou Hélvia, destacando a já ampla gama de concessões que o governo fez nos últimos meses.
Em entrevista ao Metrópoles, Hélvia explicou que várias propostas foram discutidas com o Sinpro-DF, com alguns pontos atendidos prontamente em 2023, enquanto outros ainda aguardam pareceres técnicos. Um avanço significativo mencionado foi o pagamento da semana pedagógica aos professores temporários, uma conquista importante para a categoria.
No entanto, nem todas as solicitações foram aceitas. A secretária citou a rejeição da contagem do tempo de contribuição ao INSS para professores temporários, argumentando que tal benefício não é respaldado pela legislação. “Fizemos tudo que era possível dentro dos limites legais”, completou.
O impacto orçamentário das gratificações já é significativo, resultando em um aumento permanente de R$ 2 bilhões na folha de pagamento da Secretaria de Educação, o que limita a capacidade de novas contratações e gera preocupações em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Diante desse cenário, Hélvia considerou a nova greve como uma tentativa da categoria de demonstrar luta por melhores condições, mas, segundo ela, seriam vazias de propósito, uma vez que o governo já havia declarado não haver espaço para novas concessões até 2026.
Greve dos professores: Um Grito por Justiça
Os educadores das escolas públicas do Distrito Federal anunciaram que iniciarão uma greve indeterminada na próxima segunda-feira (2/6), após uma assembleia realizada no Eixo Cultural Ibero-Americano. O Sinpro-DF afirma que os professores exigem um reajuste salarial de 19,8% e a reestruturação do plano de carreira.
Confira as principais reivindicações:
- Reajuste salarial de 19,8%;
- Reestruturação do plano de carreira;
- Diminuição do tempo para alcançar o topo da tabela salarial;
- Pagamento em dobro para professores com especialização, mestrado e doutorado.
O sindicato argumenta que desde o início do ano tem tentado negociar com o governo, mas, em 21 de maio, foi informado que nenhuma proposta seria apresentada.
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