Em um momento conturbado, o advogado João Neto, acusado de agredir sua namorada em Maceió, não se calou. Em um vídeo polêmico nas redes sociais, ele criticou a suspensão temporária do seu registro na Ordem dos Advogados do Brasil, seção Bahia (OAB-BA), e lançou uma denúncia: “Só posso atribuir isso ao racismo”.
João Neto, que se identifica como um advogado negro oriundo da periferia, desafiou a narrativa que muitas vezes marginaliza vozes como a sua. Ele afirmou: “Esse negro aqui, vai continuar, sim, tendo o que quer vivendo onde quer e comprando o que quiser. Não será meia dúzia de racistas que vão me parar”. Sua fala se tornou um eco de indignação, especialmente ao compará-la com outros casos, onde, segundo ele, a OAB não atuou da mesma forma em relação a advogados brancos.
Em resposta à medida, João confirmou sua suspensão e delineou sua batalha para reverter essa decisão. Ele enfatizou aos seus clientes: “Tive minha carteira da OAB suspensa. Mas não por crime algum. Por que, então, para alguns, a OAB oferece proteção institucional, mesmo em casos graves, enquanto para mim, não se levanta defesa alguma de minha dignidade profissional? São dois pesos e duas medidas?”.
A suspensão de 90 dias, que foi determinada pelo Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB-BA, é resultado de um processo ético-disciplinar que antecede sua prisão, evidenciando comportamentos supostamente incompatíveis com a ética profissional. Essa pena foi aprovada em um julgamento realizado no dia 8 de maio de 2025, onde diversas falas do advogado e suas condutas nas redes sociais foram analisadas.
Esse caso levanta perguntas cruciais sobre equidade nas ações da OAB e a necessidade de um debate mais profundo sobre a representatividade no ambiente jurídico. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe seu ponto de vista nos comentários!
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