Na última sexta-feira, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Corregedoria-Geral da Polícia Militar (PMDF) lançaram uma operação sigilosa que abrangeu os lares e armários de três policiais militares. A investigação gira em torno da tortura e morte de um adolescente ocorrida em Ceilândia há cerca de um ano.
Os alvos da operação incluem um tenente, um sargento e um soldado do 8º Batalhão. Durante as buscas, as equipes conseguiram apreender celulares e outros dispositivos eletrônicos, que podem revelar provas cruciais para o andamento das investigações.
Apenas um dos três policiais estava presente durante a ação, e como ninguém foi detido, a identidade dos envolvidos permanece em sigilo. No entanto, a investigação está em andamento e, caso os indiciados sejam levados à Justiça, o caso poderá ser analisado pelo Tribunal do Júri.
O que torna essa situação ainda mais alarmante é o relato de que a vítima foi abordada pelos policiais com uma porção de cocaína, sendo forçada a engolir a droga. Após passar mal, o adolescente foi levado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) 2, onde os policiais civis, ao perceberem os sintomas graves de overdose, se negaram a registrar a autuação em flagrante e recomendaram que o jovem fosse levado rapidamente a um hospital.
Infelizmente, mesmo após a urgência no Hospital Regional de Ceilândia, o adolescente não sobreviveu. A PMDF, ao ser questionada sobre o caso, limitou-se a afirmar que não comenta questões que resultem de determinações judiciais.
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