BAHIA
Entenda as proposições protocoladas pela edil na Câmara Municipal de Salvador (CMS)
Por Gabriela Araújo
23/05/2025 – 22:08 h

Bebê reborn –
A utilização dos bebês reborn vem gerando discussões acaloradas em todo o país, especialmente nas redes sociais. Esses bonecos hiper-realistas, que ganharam destaque nos anos 2000, agora servem de pano de fundo para propostas polêmicas na esfera legislativa.
Em Salvador, a vereadora Débora Santana (PDT) protocolou um projeto que visa proibir o atendimento a esses bonecos nos departamentos públicos da cidade. A proposta fundamenta-se na ideia de que esses objetos não são seres vivos e seu uso nas emergências médicas é inapropriado.
“Fato é que os bebês reborn não são seres vivos, mas bonecas, e há pais exigindo atendimento médico para eles nos serviços de emergência, especialmente no SUS”, afirma um trecho do projeto.
Além disso, a vereadora enfatiza que essa prática pode comprometer a assistência a quem realmente necessita, sendo considerada um desperdício dos recursos públicos em função de um ‘pseudo aparato lúdico’.
Saúde mental
Outro projeto apresentado por Débora Santana busca abordar a saúde mental das mães que criam vínculos emocionais com os bebês reborn. A proposta visa a implementação de um programa de saúde mental, focando em orientações e acompanhamento para as mães.
O que a proposição apresenta
Inspirado em uma iniciativa da deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), o projeto estabelece diretrizes para que o atendimento dessas mães seja realizado pelo SUS.
- I – Acolhimento e orientação a pessoas que se identificam como pais e mães de bebês reborn, esclarecendo os riscos de dependência afetiva desses objetos e incentivando a busca por atendimento especializado;
- II – Prevenção e monitoramento da saúde mental das mães que já manifestam sinais de transtornos que possam levá-las a estados de depressão ou suicídio;
- III – Desenvolvimento de estratégias para enfrentar as dificuldades sociais relacionadas a essa prática, em colaboração com o núcleo familiar.
‘Febre’ dos bebês reborns
Recentemente, a popularidade dos bebês reborn cresceu entre os brasileiros, especialmente entre mulheres adultas. Os preços desses bonecos variam de R$ 550 a R$ 8.500, e geralmente incluem uma certidão de nascimento, certificado de autenticidade e chupeta.
Homenagens e reconhecimento em outras cidades
O debate sobre a legitimidade das mães reborn chegou também ao poder público em outras regiões. No Rio de Janeiro, a Câmara de Vereadores aprovou um projeto que institui o Dia da Cegonha Reborn no calendário oficial da cidade, como um tributo às artesãs e às mulheres que experimentam a maternidade simbólica através desses bonecos.
Essa iniciativa, proposta pelo vereador Vitor Hugo (MDB), surgiu a partir de sugestões de um grupo de mulheres que se sentem emocionalmente ligadas aos reborns, e agora aguarda a sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD).
O que você pensa sobre a relação das mulheres com os bebês reborn? Acha que as propostas são adequadas? Compartilhe suas opiniões nos comentários e vamos discutir!
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