A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) denunciou estar sofrendo perseguição política após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ter formado maioria para condená-la a dez anos de prisão e à perda do mandato. Ela é acusada de envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em um caso que envolve também o hacker Walter Delgatti.
A defesa de Zambelli está esperançosa por um pedido de vista que possa mudar o resultado do julgamento iniciado na última sexta-feira (9) e que prosseguirá até o dia 16. Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram a favor da condenação; ainda aguardam-se os votos de Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Em comunicado, Zambelli afirmou que sua atuação política está sendo criminalizada, declarando: “O que está em julgamento não são ações concretas, mas minha postura firme e minha defesa dos valores conservadores” através das redes sociais.
O relator do caso, Alexandre de Moraes, destacou que Zambelli teve um papel ativo no esquema ao lado de Delgatti. De acordo com Moraes, a deputada teria autorizado a inserção de documentos falsos no sistema do CNJ, incluindo um mandado de prisão fictício contra o próprio ministro.
O relator também apontou que uma das provas – uma decisão falsa de quebra de sigilo bancário – foi criada no computador de Delgatti e acessada por Zambelli apenas 22 segundos depois. Ele classificou essa evidência como “irrefutável” e suficiente para demonstrar o envolvimento da parlamentar.
Delgatti já cumpre prisão preventiva com uma sentença de 8 anos e 3 meses de reclusão, em regime fechado.
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