Copom sinaliza fim de altas, com juros elevados por período prolongado

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou, nesta terça-feira (24/6), uma mudança significativa na política monetária: o fim do ciclo de aumentos na taxa Selic. Com isso, a taxa agora se estabelece em 15% ao ano, um patamar que deve ser mantido por um período prolongado, conforme descrito na ata da reunião.

O Copom destaca que essa taxa contracionista se faz necessária devido às expectativas de inflação desancoradas, ou seja, distantes da meta estipulada. O colegiado deixou claro que irá continuar monitorando a situação econômica e poderá ajustar a política monetária se essa avaliação o exigir.

Na reunião anterior, a decisão unânime de elevar os juros em 0,25 ponto percentual reflete um contexto desafiador. Esse movimento representa a sétima alta consecutiva desde que o aperto monetário foi iniciado em setembro de 2024, o que torna a atual Selic a mais elevada em quase duas décadas. Historicamente, não se via uma taxa desse nível desde julho de 2006, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O Banco Central justificou essa elevação como uma necessidade, apontando que a resiliência da economia dificulta uma convergência rápida da inflação em direção à meta. Um dos principais efeitos dessa política é a expectativa de que o aumento da taxa de juros resultará em redução do consumo e dos investimentos, tornando o crédito mais caro e desacelerando a atividade econômica.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 29 e 30 de julho e será um momento crucial para a avaliação das consequências do atual cenário econômico. O comitê considera que, embora o ciclo de elevações tenha sido rápido e firme, é fundamental observar os efeitos das medidas tomadas e reavaliar a adequação da Selic para garantir que a inflação convirja à meta estabelecida para 2025.

Diante deste panorama, quais são suas impressões sobre as decisões do Copom? Acredita que o Brasil conseguirá controlar a inflação sem prejudicar a atividade econômica? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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