Na última sexta-feira (27), a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu green light para explorar alternativas jurídicas junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo? Reverter a recente derrubada do decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A solicitação de Lula já está em andamento. A AGU está desenvolvendo uma avaliação técnica minuciosa, buscando embasar ações que preservem a validade do decreto que elevou essas alíquotas. O órgão também requisitou informações ao Ministério da Fazenda para fundamentar esses estudos e, assim que a análise for finalizada, revelará qual decisão será tomada.
Em uma entrevista dada na quinta-feira (26), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que a decisão sobre qualquer ação no STF dependeria do presidente. Ele destacou que o governo está avaliando três opções após a rejeição do decreto: recorrer ao STF, buscar novas fontes de receita ou implementar cortes adicionais no Orçamento.
A visão do governo, de acordo com Haddad, é clara: a decisão do Congresso é “flagrantemente inconstitucional”. Esse mesmo argumento foi ecoado por líderes governistas durante a votação do projeto que anulou o decreto presidencial.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, reforçou essa posição ao afirmar que a Constituição só permite que o Legislativo suspenda atos que ultrapassam as competências do Executivo. Wagner argumentou que, ao regulamentar o IOF, o Executivo tem o direito de ajustar as alíquotas para atender a metas de políticas monetárias e fiscais. Para ele, o decreto em questão não apresenta nenhuma exorbitância e, portanto, não deve ser considerado inconstitucional.
Por outro lado, o Psol também está considerando protocolar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF, visando contestar a aprovação do decreto legislativo que revogou o decreto do governo. Esse movimento sinaliza uma nova fase na disputa sobre a regulamentação do IOF.
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