O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz traz um alerta: a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) se encontra em níveis preocupantes em 12 estados do Brasil. As hospitalizações, principalmente entre crianças pequenas devido ao vírus sincicial respiratório (VSR), continuam a crescer nas regiões Sul, Nordeste, Norte e em Mato Grosso. Este cenário refere-se à semana epidemiológica 25, de 15 a 21 de junho.
A situação exige atenção, pois a maioria dos estados apresenta uma incidência alta de SRAG. Os responsáveis por esses casos são principalmente os vírus da influenza e o VSR, com hospitalizações em ascensão, especialmente nos estados do Centro-Sul, Norte e Nordeste.
Em meio a esse aumento, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, destaca a importância da vacinação, especialmente para grupos de risco como idosos e pessoas com comorbidades. Além disso, ela ressalta a necessidade do uso de máscara em locais fechados e durante a presença de sintomas respiratórios.
Portella enfatiza: “Pedimos que quem ainda não se vacinou contra o vírus da influenza tome a vacina. Também recomendamos medidas de proteção, como o uso de máscaras em ambientes fechados e uma boa etiqueta respiratória em caso de sintomas de gripe.” Nos últimos quatro meses, a influenza A predominou entre os casos confirmados, representando 37,5% das ocorrências, enquanto o VSR atingiu 45,6%.
Tocantins se destaca como o único estado com uma significativa queda nos casos de SRAG, alcançando um nível seguro de incidência. Aqui estão as 12 UFs que apresentam tendência de aumento de SRAG:
- Alagoas;
- Bahia;
- Mato Grosso;
- Minas Gerais;
- Paraná;
- Paraíba;
- Pará;
- Rio Grande do Norte;
- Rio Grande do Sul;
- Rondônia;
- Roraima;
- Sergipe.
O VSR é um dos principais responsáveis pelas hospitalizações infantis, especialmente nas regiões Sul, Nordeste e Norte, além de Mato Grosso. Os estados que apresentam um aumento nas ocorrências de SRAG associadas ao VSR incluem:
- Sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
- Nordeste: Alagoas, Bahia, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe;
- Norte: Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima;
- Centro-Oeste: Mato Grosso.
Embora alguns estados estejam observando uma interrupção ou queda nas hospitalizações, como no Sudeste e partes do Centro-Oeste, a alta incidência desses casos ainda exige cuidado e monitoramento, conforme reforça a pesquisadora.
Em 2025, o Brasil já notificou 110.412 casos de SRAG, dos quais 51,5% testaram positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos confirmados, 26,3% foram de influenza A, enquanto apenas 1,1% corresponderam à influenza B. O VSR representou 45,4% e os rinovírus 22%.
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