Marcelo Almeida Lima, um jovem de 19 anos diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 1 desde os 8 anos, transformou seu amor pela música em uma poderosa ferramenta de superação. Após anos vivendo em silêncio devido à hipersensibilidade auditiva, ele encontrou na adoração a Deus seu caminho para desenvolvimento e expressão. A sua história não é apenas de desafio, mas de fé, destacada em junho de 2024, quando uma apresentação no Coral Cig da Igreja Internacional da Graça de Deus, em São Paulo, se tornou viral, acumulando mais de 400 mil visualizações.
O TEA, uma condição que afeta a comunicação e a interação social, é revelador nas diferentes formas que se apresenta. No nível 1, como no caso de Lima, as dificuldades envolvem a comunicação e a flexibilidade comportamental, enquanto a hipersensibilidade auditiva impacta aproximadamente 70% das pessoas no espectro. Essa condição pode ser desafiadora, mas também é o ponto de partida para histórias inspiradoras como a de Marcelo.
Ao refletir sobre seu passado, Lima compartilha: “Quantas noites mal dormidas e lágrimas derramei. Não conseguia falar, imagina louvar.” Foi aos 13 anos, ao iniciar aulas de piano e canto, que sua vida começou a mudar. A música não apenas lhe proporcionou um escape, mas também criou novas conexões neurais que melhoraram sua capacidade de comunicação. Dois anos de dedicação e ele já estava integrado ao coral, expressando-se por meio de canções.
Marcelo creditou sua jornada à sua fé e ao apoio profissional: “A evolução devo a Deus. Ele realiza sonhos.” A repercussão inesperada de seu vídeo lhe trouxe reconhecimento e uma oportunidade de brilhar. Hoje, compõe seus próprios álbuns e sonha em se tornar o primeiro cantor autista gospel do Brasil, levando a mensagem de que “todo autista tem um adorador dentro de si.”
A Igreja Internacional da Graça de Deus, onde Lima encontrou apoio, ajustou suas práticas para garantir um ambiente confortável e inclusivo para todos os seus membros, demonstrando que a inclusão religiosa pode fazer uma grande diferença. Dados de pesquisas, como os da Journal of Autism and Developmental Disorders, mostram que atividades musicais estruturadas têm o potencial de melhorar a comunicação verbal em 64% dos casos de TEA nível 1, reforçando o impacto positivo de iniciativas como a de Lima.
A história inspiradora de Marcelo nos convida a refletir sobre a superação e a inclusão, mostrando que a música pode ser um elo poderoso em nossa jornada. Que tal compartilhar suas impressões sobre essa história? Como você vê a inclusão no seu entorno?
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