COLUNA
Colunista Armando Avena fala sobre importância da feira para a Bahia
Por Armando Avena
12/06/2025 – 1:30 h

Imagem aérea da Bahia Farm Show –
A Bahia Farm Show 2025, que teve início na última terça-feira em Luís Eduardo Magalhães, espera atrair mais de 100 mil visitantes e gerar uma movimentação financeira de R$ 11 bilhões. Essa edição não é apenas uma das três principais feiras agrícolas do Brasil; representa a ascensão de um novo agro.
O agronegócio começa a trilhar um caminho muito além do desbravamento de terras. Emergiu um setor tecnológico, que coloca a sustentabilidade em sua agenda principal. Com o tema “Agro Inteligente, Futuro Sustentável”, a feira reflete essa transformação, associando a inovação à responsabilidade ambiental. O conceito de “agro inteligente” não se baseia apenas em maquinário avançado, mas no uso racional de recursos naturais, com foco na preservação do solo e da água.
A força do agronegócio na região Oeste da Bahia é inegável. O estado ocupa a posição de 2º maior produtor de algodão do Brasil e é um dos grandes exportadores de soja. Além disso, lidera a produção irrigada de milho e sorgo, consolidando-se como a nova fronteira agrícola do país: o Matopiba.
Entre os municípios baianos que despontam na produção agrícola estão São Desidério, Formosa do Rio Preto, Barreiras, Correntina, Luís Eduardo Magalhães e Riachão das Neves, que figuram entre os 10 maiores produtores da região. No ranking dos PIBs agropecuários do Brasil, São Desidério e Formosa do Rio Preto ocupam a 2ª e 7ª posições, respectivamente.
Em 2025, a Bahia deverá estabelecer um novo recorde na safra de grãos, projetando um aumento de 9,8% e alcançando 12,5 milhões de toneladas, com soja e milho impulsionando esse resultado. A região Oeste, responsável por 8,6 milhões de toneladas de soja, é a líder desse crescimento, refletindo uma melhora significativa em outras culturas.
O agronegócio não apenas sustenta uma parte considerável do PIB da Bahia, que chega a 25%, mas também atua como um motor econômico, dinamizando outras cadeias produtivas e gerando empregos. A indústria têxtil e o beneficiamento de soja são exemplos claros de como a agropecuária impacta positivamente a economia regional, especialmente após uma safra promissora.
Entretanto, o compromisso com o meio ambiente é o que diferencia a nova geração de produtores. A preocupação com a produção sustentável abre portas para os mercados internacionais e reforça ainda mais a imagem da Bahia como um polo agropecuário consciente.
Apesar das potencialidades, a região enfrenta desafios logísticos e estruturais. A conclusão da Ferrovia Oeste-Leste, por exemplo, é fundamental para melhorar o escoamento da produção. Questões como a disponibilidade de energia, a ampliação da capacidade de armazenagem e uma oferta de crédito sólida são essenciais para o desenvolvimento do setor, embora representem obstáculos menores comparados ao potencial imenso da região.
A Bahia Farm Show é, portanto, um símbolo. Um símbolo da força do agronegócio no Oeste baiano, da integração entre produção agrícola e pecuária, e da consciência cada vez mais presente de que é possível produzir respeitando o meio ambiente.
IOF: diálogo de surdos
A discussão entre o governo e o Congresso sobre o novo pacote de medidas é um diálogo de surdos, onde cada lado se expressa sem ouvir o outro. O Ministério da Fazenda busca ajustes na estrutura tributária para garantir a arrecadação, enquanto o Congresso defende cortes de gastos. A polarização torna inviável um ajuste estrutural necessário, ressaltando a urgência de um acordo.
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