CONFLITO
Produção dramatiza os bastidores turbulentos e reacende polêmica entre Bolaños, Villagrán e Florinda Meza
Por Redação
10/06/2025 – 18:17 h

Série da Max relembra conflito entre intérpretes de Chaves e Quico –
A saga de Chaves nunca foi apenas uma coleção de risadas. Lançada no dia 5, a série Chespirito: Sem Querer Querendo, da Max, vai além do humor que cativou gerações. Ela mergulha nas tensões autênticas que brotavam nos bastidores, dando vida ao famoso desentendimento entre Roberto Gómez Bolaños e Carlos Villagrán, o icônico Quico, que decidiu se afastar do programa em 1979.
A nova dramatização apresenta Villagrán sob um nome diferente: Marcos Barragán. Essa mudança foi necessária, uma vez que nem ele nem Florinda Meza, esposa de Bolaños, estiveram envolvidos na produção. Um aviso indica que qualquer semelhança é pura coincidência, mas a identificação é imediata. O novo “Quico”, interpretado por Juan Lecanda, ressurge como uma figura caricata, explosiva e egocêntrica, um reflexo das antigas disputas entre os atores.
Conflito antigo
Na vida real, a rivalidade entre Bolaños e Villagrán não se limitou aos sets de filmagem. Após sete anos no seriado, Villagrán abandonou o barco, alegando a necessidade de seguir carreira solo. Contudo, posteriormente acusou Bolaños de sabotagem e lançou denúncias de ciúmes profissionais. Bolaños sempre negou tais alegações, contando com o apoio de seus colegas de elenco.
Além das divergências criativas, um suposto triângulo amoroso envolvendo Villagrán, Bolaños e Florinda Meza pode ter intensificado a tensão. Villagrán alegou que Meza teria se interessado por ele, levando-o a procurar a ajuda de Bolaños. Florinda, por sua vez, preferiu evitar esse tema em entrevistas, afirmando que comentá-lo seria valorizar alguém que não merece.
Após deixar a Televisa, Villagrán tentou seguir sua carreira solo, mas se viu em apuros legais por não atribuir os créditos de criação a Bolaños. Isso resultou em um processo judicial que o impediu de usar o nome e a imagem de Quico. A solução foi uma reinterpretação do personagem: em 1980, ele estreou como Kiko Botones na Venezuela, mudando apenas a grafia.
Embora tenha buscado reconciliação, como em uma homenagem a Bolaños, a paz nunca foi realmente alcançada. Em 2013, Villagrán chegou a dizer que os problemas de saúde de Bolaños eram “castigo divino”, mas lamentou a falta de reconciliar-se com o criador de Chaves quando ele faleceu em 2014.
Representação delicada
A produção da Max lidou com a ausência da autorização de Villagrán de maneira criativa, reinventando seu personagem. Mesmo assim, Lecanda se dedicou intensamente ao papel. “Fiquei emocionado em interpretar este personagem com tanta verdade e responsabilidade”, revelou.
Ele se preparou estudando entrevistas e programas antigos para capturar cada nuance possível, desde as características físicas até o timbre da voz de Villagrán. Sobre as reações da família de Carlos Villagrán, é cauteloso: “Não sei como eles vão reagir. Isso é uma questão deles.”
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