Em uma audiência marcada por intensos debates, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a proposta de reforma do Imposto de Renda, que busca ampliar a faixa de isenção para rendimentos de até R$ 5.000 mensais. Essa medida, segundo ele, visa beneficiar um maior número de cidadãos que atualmente pagam IR. Haddad enfatizou que, após um ano de reflexão e sugestões da sociedade civil, a equipe econômica não encontrou uma alternativa que se mostrasse superior à proposta apresentada.
“Nosso compromisso é com a justiça fiscal e não com o aumento de tributos. A intenção é corrigir distorções que tornaram o sistema regressivo”, afirmou o ministro, destacando sua disposição para um diálogo aberto. Um dos principais focos da proposta é a taxação de rendas elevadas, com Haddad apontando que indivíduos que ganham mais de R$ 1 milhão por ano pagam em média apenas 2,5% de imposto, o que, segundo ele, evidencia uma falha no sistema tributário brasileiro.
Ele ressaltou a necessidade de um sistema de arrecadação mais justo para garantir recursos essenciais em áreas como saúde e educação, além de cumprir compromissos futuros, como os R$ 70 bilhões que serão necessários para o Fundeb no próximo ano. Durante a audiência, Haddad também reconheceu que a reforma depende do apoio do Legislativo, elogiando a atuação do presidente da Comissão de Finanças, deputado Hugo Motta.
Entretanto, o clima na audiência foi de confronto. Parlamentares da oposição, como Carlos Jordy e Nikolas Ferreira, criticaram não apenas a proposta de Haddad, mas também o superávit fiscal anunciado no final do governo anterior. Haddad, em resposta, alegou que os números do superávit de 2022 eram artificiais e sustentados por medidas temporárias.
Esse embate entre governo e oposição reflete a complexidade e a importância do tema. Agora, mais do que nunca, a discussão sobre a reforma do imposto de renda se torna crucial para o futuro econômico do país. O que você acha da proposta? Deixe sua opinião nos comentários!
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