Após um e-mail alarmante com ameaças de morte enviado a deputadas estaduais, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) decidiu realizar um teste de segurança. Esse simulado visa avaliar os protocolos da casa em situações críticas, reforçando o compromisso com a segurança das parlamentares.
A decisão foi anunciada em uma coletiva de imprensa, que contou com a presença do presidente da Alesp, André do Prado (PL), deputados, além de representantes das polícias Civil e Militar. O delegado que conduz a investigação também esteve presente, reafirmando o rigor da apuração do caso pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
“O delegado nos assegurou que encontraremos quem está por trás dessas ameaças. Discutimos estratégias para garantir que as deputadas se sintam seguras enquanto exercem suas funções”, destacou a deputada Andréa Werner (PSB) em entrevista ao Metrópoles.
Além do teste de segurança, foram debatidas novas medidas para controlar o acesso à Alesp, destacando a necessidade de soluções específicas, como o uso de carros blindados para situações específicas, conforme as diretrizes do regimento interno.
Detetives em Ação
- A Polícia Civil investiga um indivíduo de 28 anos suspeito de ter enviado as ameaças às 24 deputadas da Alesp.
- Os dispositivos do suspeito foram apreendidos em uma operação na última segunda-feira (2/6), embora ele negue as acusações.
- O conteúdo do e-mail incluía ameaças de violência e mensagens de teor racista e capacitista.
- Em resposta, as deputadas de diversas esferas políticas publicaram uma nota intitulada “não seremos silenciadas”, denunciando a crescente violência política organizada pela internet.
Deputada Andréa Werner, uma das mencionadas no e-mail, expressou sua preocupação: “É muito abalador, pois é meu primeiro mandato e minha família está em risco. A segurança é uma questão constante; eu faço muitas visitas a entidades e ando por várias cidades. Estarei realmente tranquila apenas quando o responsável for identificado e responsabilizado”.
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