Num dia mágico de abril de 2018, Salvador foi palco de uma celebração única. No Cartório do 6º Ofício de Registro Civil, a mãe, Celidalva Oliveira, de 49 anos, e sua filha, Janice Oliveira, de 27, trocaram promessas de amor e respeito. Celidalva se uniu a Sandro, enquanto Janice oficializou sua união com Angélica. Esse momento foi mais do que a formalização de casamentos; simbolizou a força de um laço inquebrantável entre mãe e filha, desafiando preconceitos e celebrando a aceitação.
Janice teve que enfrentar seus próprios demônios antes de chegar a esse dia. Ao descobrir sua orientação sexual aos 18 anos, após um relacionamento heteronormativo traumático, ela encontrou no apoio materno o alicerce para sua autoaceitação. “Quando me abri para minha mãe, pensei que ela ficaria envergonhada. Mas ela me apoiou incondicionalmente”, contou Janice.
Na cerimônia, a felicidade era contagiante. Com um convite da própria mãe, Janice viveu a emoção de planejar tudo junto a Celidalva, compartilhando a ansiedade e a alegria. “Foi maravilhoso ver todos juntos celebrando o amor”, lembrou, com um brilho no olhar.
Esse amor é tão forte que mesmo após 14 anos de união, Janice e Angélica decidiram se separar, mas permanecem amigas e torcendo uma pela outra. A luta contra o preconceito tem sido dura. Comentários ofensivos e hostilidade foram constantes, mas Janice reafirma: “Desejo viver o amor livremente, ser vista com respeito e igualdade, sem medo de julgamentos”.
Hoje, aos 34 anos, com um novo amor à vista, Janice continua sonhando. “Quero casar novamente e planejo ter filhos”, afirma, com determinação. Esse 28 de junho, Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, representa não apenas uma data, mas uma reafirmação do direito de amar e ser amado, assim como um chamado à luta pela igualdade.
Histórias como a de Janice e Celidalva nos inspiram a acreditar que o amor, em suas várias formas, é o que realmente importa. Como você se sente em relação ao amor e à aceitação na sociedade? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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