Ana Claudia Quintana no Metrópoles Talks: “Medo da morte é não viver”

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“O medo da morte significa que você não tem coragem de viver.” Com essa frase impactante, Ana Claudia Quintana Arantes, médica e escritora, cativou o público na segunda edição do Metrópoles Talks, realizada no Teatro Bravos, em São Paulo. Em sua palestra intitulada “A morte é um dia que vale a pena viver”, ela abordou a necessidade de discutir a finitude da vida antes que o fim chegue realmente.

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Ana Claudia Quintana foi a palestrante da segunda edição do Metrópoles Talks em São Paulo.

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Ela é médica, escritora e ativista da cultura do cuidado, com residência em geriatria e gerontologia e especialização em Cuidados Paliativos.

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A palestra “A morte é um dia que vale a pena viver” ocorreu no Teatro Bravos na noite do evento.

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Ana Claudia fala sobre a finitude da vida.

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Ana Claudia, que se apresenta como ativista da cultura do cuidado, enfatiza que o tabu em torno da morte revela o despreparo da sociedade para lidar com seus limites. Desde a infância, somos condicionados a buscar sempre mais: seja no conhecimento, nas conquistas ou nas experiências.

Refletindo sobre essa efemeridade, ela afirmou: “O tempo é um deus que não atende a nenhuma oração.” Para a especialista, a verdadeira vitória é viver plenamente enquanto se tem a oportunidade. O conceito de sucesso, por muitas vezes, é uma ilusão imposta. Ana Claudia sugere que, ao invés de temer a morte, devemos respeitá-la. “Mude o medo para respeito. Aquilo que respeita, você quer conhecer para não ser pego de surpresa,” explicou, enfatizando a importância de conexões e pertencimento.

Para Ana Claudia, as pessoas que têm medo da morte são aquelas que, paradoxalmente, desejam encontrá-la rapidamente. “É preciso ter afeto, se conectar, encontrar seus pares,” sugeriu.

Ao descrever a morte como “o parto da alma”, Ana Claudia ressalta que ela marca o fim de uma história, enquanto a invalidez se traduz em não usar a vida para “mostrar o que é viver”. A palestrante também enfatizou que liberdade e esperança são essenciais. “A consequência de ser livre é saber que somos dependentes uns dos outros,” e complementou: “A esperança é subversiva, porque desafia a percepção básica que temos de tempo.”

Ana Claudia recomenda que o nosso tempo — tanto em disposição quanto em disponibilidade — seja direcionado para aquilo que se ama.

O Metrópoles Talks representa uma plataforma onde mentes brilhantes compartilham suas ideias e experiências. Grandes nomes já passaram por esse espaço, proporcionando reflexões que nos inspiram e instigam novas maneiras de enxergar a vida.

Agora, queremos saber a sua opinião! O que você pensa sobre o tema da finitude? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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