Bahia, um estado que se destaca não apenas pela sua riqueza cultural, mas também pelos dados demográficos reveladores. Com uma taxa de fecundidade de 1,55 filhos por mulher, a Bahia ocupa a 10ª posição entre os estados com menores taxas do Brasil, um reflexo de mudanças profundas nas dinâmicas sociais e educacionais. Este índice, inferior ao necessário para a reposição populacional de 2,1 filhos, revela uma tendência crescente de mulheres que optam por ter menos filhos, frequentemente mais tarde na vida.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa mudança se consolidou nos últimos anos. Desde 2010, a média de filhos por mulher caiu de 1,7 para 1,55, alinhando-se agora à média nacional. A presença crescente de mulheres nas universidades e no mercado de trabalho tem um impacto evidente nessa estatística: quanto maior o nível de escolaridade, menor a taxa de fecundidade. Mulheres com ensino superior completo na Bahia têm, em média, apenas 1,13 filhos, enquanto aquelas sem ensino fundamental atingem 1,97.
A supervisora do IBGE na Bahia, Mariana Viveiros, enfatiza que a educação é um fator crucial. A cada passo que as mulheres dão em direção à autonomia e à carreira, o planejamento familiar se torna uma prioridade. Muitas delas já não veem a maternidade como um objetivo imediato. Camila Bernardo, uma estudante de psicologia de 27 anos, expressa claramente essa mudança de mentalidade. Ela observa que entre suas amigas, a maternidade não é um tema predominante, reforçando a ideia de que as jovens estão, cada vez mais, focadas em seus próprios destinos.
Outro dado impactante é o crescimento da idade média para ter o primeiro filho, que aumentou de 26,6 anos em 2010 para 27,9 anos em 2022. Na Bahia, uma parcela significativa, cerca de 15,8% das mulheres entre 50 e 59 anos, não teve filhos, um aumento considerável desde 2010. Essa tendência não é apenas um número, mas um sinal de transformações culturais profundas que refletem novas escolhas e prioridades na vida das mulheres.
Essas estatísticas nos convidam a refletir sobre o futuro da família e da sociedade. Como você vê essa mudança? Compartilhe suas opiniões e experiências nos comentários!
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