Na noite de 18 de junho de 2025, o Banco Central surpreendeu o mercado ao anunciar um novo aumento na taxa Selic, agora fixada em 15%. Em uma decisão unânime, todos os nove membros do Comitê de Política Monetária (Copom), incluindo o presidente Gabriel Galípolo, votaram a favor de um ajuste de 0,25% na taxa. Esse movimento, embora impactante, foi impulsionado principalmente por fatores externos, refletindo a instabilidade da economia global, exacerbada pela atual guerra comercial liderada pelos Estados Unidos.
O comunicado do Copom ressalta que a política monetária contracionista é uma resposta necessária ao ambiente incerto que caracteriza não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Essa estratégia visa mitigar os riscos inflacionários que se desenham para os próximos anos. De acordo com as expectativas da pesquisa Focus, a inflação projetada para 2025 e 2026 permanece acima do desejado, em 5,2% e 4,5%, respectivamente, enquanto a projeção do Copom para 2026 é de 3,6%.
O cenário econômico local continua a exigir atenção, especialmente em um momento em que as expectativas em torno da inflação carecem de ancoragem. O Copom declarou que irá monitorar de perto como os avanços da política fiscal possam influenciar as decisões de política monetária e o comportamento dos ativos financeiros. Essa cautela é essencial em um contexto marcado por expectativas desancoradas e pressões no mercado de trabalho, que podem comprometer a estabilidade econômica no país.
O momento pede prudência e uma estratégia robusta para garantir a convergência da inflação à meta, reforçando a necessidade de um enfoque rigoroso na política monetária. Diante dessa complexidade, a interação entre política fiscal e monetária pode ser o diferencial que condiciona o futuro econômico do Brasil.
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