RELAÇÃO BILATERAL
Reunião Histórica Concentra Propostas Sustentáveis entre Brasil e Alemanha
Por Carla Melo
16/06/2025 – 15:17 h

Brasil e Alemanha apostam em sustentabilidade em acordo Mercosul-União Europeia –
No dia 16 de junho, entidades brasileiras e alemãs uniram forças para discutir práticas sustentáveis no setor industrial, alinhadas com as diretrizes da COP 30. O principal objetivo é promover a descarbonização, acelerar a adesão ao hidrogênio verde e facilitar a transição energética, potencializando parcerias entre estas potências econômicas.
O Encontro Econômico Brasil-A Alemanha (EEBA) marca o início de um diálogo estratégico entre a Federação das Indústrias Alemãs e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia. O foco é um pacote de propostas prioritárias que incorpora inovação, sustentabilidade e investimentos no setor produtivo brasileiro.
Entre as figuras presentes na abertura do evento estavam o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Ricardo Alban; o presidente da Fieb, Carlos Henrique Passos; e outras lideranças do governo e da indústria, mostrando um amplo apoio às iniciativas sustentáveis.

Participarem figuras influentes das indústrias do Brasil e da Alemanha. | Foto: Divulgação | Fieb
Acordo Mercosul – União Europeia
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, enfatizou a importância dessa parceria histórica, considerada um marco para a economia brasileira. Ele destacou que o estreitamento de relações com a Alemanha é essencial para o desenvolvimento de negócios no âmbito do Acordo Mercosul – União Europeia.
“Esperamos que a Alemanha atue como um líder para acelerar esse apoio. Além disso, disponibilizamos um grupo de trabalho colaborativo para identificar oportunidades de parceria nas cadeias produtivas, promovendo a integração econômica”, afirmou Costa.
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O presidente Lula delineou políticas que priorizam a transição energética e estabelecem um ambiente favorável para investidores. O Brasil já possui uma vantagem competitiva significativa em energia limpa, e é fundamental aproveitar isso para formar parcerias.
A indústria, um dos maiores emissores de carbono, agora se compromete a implementar práticas de descarbonização, priorizando fontes de energia limpa. Segundo Carlos Passos, a Bahia pode servir de modelo para o mundo, utilizando sua matriz energética limpa para atrair indústrias sustentáveis.
“Essa é uma questão global. A Bahia possui uma matriz energética limpa, mas precisamos trazer indústrias que utilizem essa energia verde para desenvolver produtos sustentáveis. Este encontro com a Alemanha é uma oportunidade de demonstrar nossas capacidades em energia renovável e eficiência energética”, reforçou Passos.

Presidente da Fieb, Carlos Passos. | Foto: Divulgação | Fieb
Desafios Fiscais na Indústria
Um tema central das discussões foi o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que impacta negativamente a indústria. Ricardo Alban, presidente da CNI, manifestou preocupação sobre a sobrecarga tributária que afeta o consumidor final.
“O Brasil não pode aumentar mais a carga tributária sobre o setor produtivo. O peso recai sobre o consumidor, que já enfrenta dificuldades”, destacou Alban, pedindo maior justiça tributária e distribuição das obrigações fiscais.
Além disso, ele sugeriu que setores menos impactantes, como apostas esportivas online, deveriam arcar com uma maior carga tributária, ressaltando a necessidade de um debate equilibrado sobre o tema.
O EEBA, que ocorrerá até o dia 17 no Senai Cimatec, também terá uma rodada internacional de negócios, reunindo empresários de diversos setores, incluindo alimentos, bebidas, energia, e muito mais, demonstrando a diversidade de oportunidades que surgem a partir dessa colaboração.
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