O Brasil agora ocupa a impressionante segunda posição mundial em juros reais, uma marca que reflete as consequências diretas da recente decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). Em sua reunião no dia 18 de junho, a taxa Selic foi elevada de 14,75% para 15% ao ano, marcando a sétima alta consecutiva. Esse aumento levou a taxa de juros reais brasileiros para 9,53% ao ano, superando nações como Rússia, Argentina e África do Sul, de acordo com um estudo da MoneYou e da Lev Intelligence que abrange 40 países.
A liderança no ranking de juros reais pertence à Turquia, com impressionantes 14,44%. A taxa brasileira é resultado da combinação entre a Selic projetada e a inflação estimada para os próximos 12 meses, que está em 5,25% segundo o Boletim Focus. O marco de 15% ao ano é o mais alto desde julho de 2006, quando alcançou 15,25%. O ciclo atual de incremento teve início em setembro de 2024, sob a direção de Roberto Campos Neto, e já acumulou uma alta de 4,5 pontos percentuais em apenas nove meses.
Após a reunião, o Copom indicou que pode encerrar esse ciclo no próximo encontro, programado para os dias 29 e 30 de julho, mas deixou a porta aberta para futuras elevações, dependendo do comportamento da economia. Embora a taxa esteja em um nível “significativamente contracionista”, as preocupações com a inflação permanecem, impulsionadas por uma economia aquecida e um mercado de trabalho pressionado.
Em um cenário de economia global em constante mudança, o Copom deparou-se com um ambiente internacional “adverso e incerto”, citando a política econômica dos EUA e tensões geopolíticas, como os conflitos no Oriente Médio, como fatores de risco. A volatilidade dos ativos financeiros e uma possível desaceleração global também foram destacados como preocupações. Do lado interno, as previsões de inflação permanecem elevadas, com expectativas que superam as metas estabelecidas.
Esse cenário fiscal delicado exige atenção redobrada do Copom, que está ciente do impacto das políticas públicas sobre a inflação e os mercados. O que você acha dessa situação? Como você enxerga os efeitos dessas políticas na economia brasileira? Deixe sua opinião nos comentários!
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