Chinesa, professora da UnB foi espionada 102 vezes pela Abin Paralela

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Chang Chung Yu Dorea, professora do departamento de matemática da Universidade de Brasília (UnB), tornou-se um dos alvos mais vigiados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Sua história revela um lado obscuro da vigilância estatal, 102 espionagens registradas em dois meses de 2020, um exemplo do que se esconde nas sombras da burocracia.

Além de Chang, a lista inclui profissionais da educação básica, funcionários do governo federal e servidores do judiciário. Os registros mostram que sua investigação foi realizada por quatro servidores da Abin, mas não resultou em qualquer operação concreta.

Ao longo de suas quatro décadas dedicadas à UnB, Chang orientou mais de 30 teses e dissertações, coordenou diversos projetos e fez contribuições significativas à pesquisa científica, especialmente na área de probabilidade, onde seus estudos abrangem inferência em processos estocásticos e cadeias de Markov. Sua trajetória foi reconhecida com o título de Professora Emérita em 2018.

O escândalo não se limita a Chang. Moradores do Distrito Federal também foram alvo da Abin Paralela. Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, os autos da investigação foram revelados, mostrando que a espionagem atingiu pelo menos 12 cidadãos. Um dos casos mais alarmantes envolve uma servidora do Tribunal de Justiça do DF, monitorada 398 vezes entre fevereiro de 2019 e janeiro de 2021, sem qualquer operação registrada a posteriori.

Ainda entre os investigados, destaca-se o professor Elizândio de Aquino Marinho, espionado 22 vezes, e a professora de história, que sofreu monitoramento intenso em apenas dois dias. O advogado Nicole Giamberardino Fabre foi alvo de 21 consultas relacionadas à Operação Curitiba, que permanece envolta em mistério.

A lista completa de investigados revela a amplitude dessa vigilância, que inclui servidores de diversas esferas e um assistente parlamentar vinculado à Deputada Bia Kicis. No total, o relatório da Polícia Federal menciona uma gama diversificada de indivíduos, todos sob a sombra de um aparato estatal que, aparentemente, operou em suas vidas de forma indiscriminada.

Quais são suas reflexões sobre essa realidade alarmante? A vigilância estatal é apenas um preço a pagar pela segurança, ou estamos lidando com uma violação de direitos fundamentais? Compartilhe suas opiniões e comece uma discussão nos comentários!

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