Cid diz à PF que conta no Instagram com nome da esposa não era dele

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Na tarde de terça-feira, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou um depoimento à Polícia Federal, onde desmentiu ser o responsável pela conta do Instagram associada ao nome de sua esposa. Essa conta, a @gabrielar702, surgiu no contexto de uma investigação que apura tentativas de obstrução de investigações relacionadas a um suposto esquema golpista. Apesar da empresa Meta informar que o e-mail da conta pertence a Cid, ele insiste que não é o dono.

O inquérito foi motivado por diálogos divulgados pelo advogado Marcelo Câmara, revelando conversas entre ele e Cid. Durante o depoimento, o ex-ajudante disse não reconhecer a autoria do perfil e enfatizou que não teve discussões sobre delação premiada com o advogado.

Quando questionado sobre a origem do perfil, Cid afirmou desconhecer quem o criou e negou qualquer interação relacionada ao acordo de colaboração com a PF. Ele reconheceu Eduardo Kuntz, defensor de Câmara, como uma figura que conheceu durante o período em que atuou na defesa de Bolsonaro. Cid lembrou que Kuntz e o ex-assessor Fábio Wajngarten o visitaram na prisão em 2023.

Curiosamente, Kuntz se aproximou de uma das filhas de Cid, motivado por questões ligadas ao hipismo, esporte que ela pratica. Entre o segundo semestre de 2023 e o início de 2024, o advogado procurou Cid através de sua filha e de sua mãe para discutir assuntos relacionados às investigações. O ex-ajudante também mencionou outro advogado, Paulo Bueno, que se ofereceu para ajudá-lo.

Cid afirmou que tomou conhecimento da conta no Instagram quando foi mencionada em uma reportagem da revista Veja. Ele negou qualquer motivo para que Kuntz se aproximasse de sua filha, observando que Wajngarten também buscou contato com a família, aparentemente em busca de informações sobre a delação.

Sobre os áudios divulgados por Kuntz, Cid refutou a ideia de que tivesse conversado diretamente com ele, alegando que as gravações poderiam ter sido feitas por terceiros sem seu consentimento e que, possivelmente, foram editadas para prejudicá-lo. O ex-ajudante reiterou que nunca foi abordado por Marcelo Câmara sobre a delação, sem poder afirmar se outros agentes tentaram conseguir informações em seu nome.

Após o depoimento, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a PF ouça Wajngarten e o advogado que defende Bolsonaro como parte do inquérito. Além disso, solicitou que um laudo técnico sobre o celular da filha de Cid fosse anexado ao processo em até dez dias.

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