Em 14 de maio, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fez história ao condenar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão, perda de mandato, R$ 2 milhões em multa e inelegibilidade. O motivo? Seu envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desde aquele dia fatídico, a trajetória da parlamentar se tornou repleta de ações impetuosas que culminaram em uma condenação definitiva.
O Metrópoles traz um relato detalhado do que aconteceu no último mês de Zambelli. Após a condenação, ela alegou não conseguir sobreviver na prisão, pediu doações via Pix, abandonou o Brasil, pediu licença do cargo, foi incluída na lista de fugitivos da Interpol e teve sua prisão preventiva transformada em definitiva, com a sentença já transitada em julgado.
A saga de Zambelli se intensificou logo após a condenação. Em 15 de maio, expressou seu temor de não sobreviver à prisão, listando uma série de problemas de saúde, incluindo uma síndrome rara e depressão. “Meus médicos dizem que eu não sobreviveria à cadeia”, afirmou.
Quatro dias depois, em um apelo emotivo, a deputada pediu ajuda financeira via Pix nas redes sociais, buscando arrecadar fundos para cobrir suas multas. Com corajosa sinceridade, declarou: “Essa é uma batalha por todos nós” e, surpreendentemente, arrecadou mais de R$ 166 mil em doações.
No entanto, a situação começou a se complicar quando, em 23 de maio, sua defesa recorreu da decisão do STF. Alegaram cerceamento de defesa e ausência de acesso a provas cruciais. Contudo, no dia 25 de maio, Zambelli decidiu deixar o Brasil, atravessando a fronteira para a Argentina e, em seguida, viajando para os EUA.
Durante sua estadia no exterior, ela conseguiu votar remotamente. A epifania de Zambelli sobre sua permanência no Brasil foi esclarecida em 3 de junho, quando anunciou que estava fora do país para “tratamento médico”. Em breve, ela anunciou planos para viajar à Europa, onde chegou à Itália.
Logo após sua saída, a situação legal dela se agravou. A prisão preventiva foi decretada e, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli foi colocada na lista da Interpol, tornando-se passível de prisão internacional.
Em 6 de junho, a condenação foi confirmada de forma definitiva. A defesa de Zambelli teve seu recurso rejeitado, resultando em uma sentença irreversível. A deputada foi rapidamente afastada do cargo, com um suplente assumindo sua posição. Com isso, a perda de seu mandato foi oficializada, sem necessidade de votação no plenário da Câmara, segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Essa reviravolta ilustra bem o turbilhão que se tornou a vida de Carla Zambelli em apenas um mês. Agora, tudo se resume a uma pergunta: qual será o próximo capítulo dessa história marcada por decisões audaciosas?
Você o que pensa sobre toda essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe suas reflexões!
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