Conflito entre Irã e Israel pode elevar preço do petróleo e pressionar inflação no Brasil

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O aumento das tensões entre Irã e Israel traz riscos consideráveis ao mercado internacional de petróleo, refletindo direto nos preços da commodity no Brasil. O ataque recente dos EUA a instalações nucleares no Irã acendeu um alerta para uma possível escalada de conflitos, provocando uma análise cuidadosa de especialistas, como o economista Gilberto Braga, que destaca a incerteza quanto à magnitude desses impactos. Contudo, é inegável que a intensificação do conflito pode pressão sobre a inflação e impactar diversos setores da economia.

A instabilidade global crescente, resultante do cenário no Oriente Médio, preocupa não somente os envolvidos, mas também outras nações. A aprovação pelo Parlamento iraniano do fechamento do estreito de Ormuz — um ponto crucial para o transporte de petróleo, que movimenta cerca de 20% desse recurso mundial — intensifica essas preocupações. Como Braga aponta, essa rota é vital não apenas para o Irã, mas especialmente para a China, seu principal cliente. Essa junção de fatores cria um quadro incerto e delicado para o mercado de petróleo.

No contexto brasileiro, a Petrobras, mesmo com o aparente abandono da paridade com os preços internacionais, ainda leva em conta a cotação do petróleo Brent e outras variáveis. O recente enfraquecimento do dólar, por exemplo, tem funcionado como um amortecedor, limitando os impactos diretos do aumento global nos preços dos combustíveis.

Gilberto Braga observa que a Petrobras pode adotar uma abordagem cautelosa frente a quaisquer ajustes nos preços locais, o que poderá?urar um cenário de espera para decidir sobre possíveis mudanças. Adicionalmente, a relação entre o mercado de petróleo e a inflação é palpável; a escassez de recursos e o aumento dos custos podem afetar os preços de alimentos e energia, ambos essenciais para a vida cotidiana no Brasil.

Após a série de eventos recentes, como o ataque iraniano a bases dos EUA, os contratos futuros de petróleo Brent caíram 7,18%, favorecendo os índices globais. Em contrapartida, o índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, viu suas ações da Petrobras caírem 2,50%, reflexo das pressões de preços. A queda foi acentuada pelo contexto geopolítico, resultando em um fechamento a 136.550 pontos.

Entretanto, a Petrobras, sendo uma produtora local, pode se beneficiar do aumento dos preços internacionais, já que os custos não crescem na mesma proporção, impactando positivamente sua lucratividade. Essa dinâmica pode resultar na valorização das ações, mesmo em um cenário de crise externa.

Além disso, o alerta da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) sobre o aumento de custos nas indústrias de base e na importação de equipamentos é um reflexo direto das tensões no Oriente Médio. O temido fechamento do estreito pode não apenas restringir a oferta de petróleo, mas também afetar profundamente cadeias de produção em setores fundamentais para a economia, como o de energia.

O futuro, portanto, é um mistério. O que se sabe é que cada movimento nesse tabuleiro geopolítico vai provocar ecos nas bolsas, na inflação, e na vida das pessoas. Como você avalia os impactos diretos desse cenário na sua vida cotidiana? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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