Em uma conversa impactante, Thiago Ávila, ativista brasileiro de 38 anos, compartilhou suas experiências marcantes após ser deportado de Israel. Chegando a Brasília na última quarta-feira, ele narrou a perigosa jornada a bordo do barco Madleen, que partiu rumo à Faixa de Gaza com outros 11 ativistas internacionais no dia 1º de junho. Sua missão? Criar um corredor humanitário e levar ajuda vital à população palestina, cercada por desafios imensos.
No entanto, a missão enfrentou um sério obstáculo: o grupo foi detido pelo exército israelense e enviado para uma prisão. Presos em uma solitária, passaram dias enfrentando uma realidade difícil antes de serem deportados. Thiago enfatizou que, apesar das dificuldades, sua determinação não vacilou. “Agora eu entendo: a luta pela justiça nunca é fácil, mas é necessária”, disse ele.
“Em 17 anos da Flotilha da Liberdade, apenas cinco embarcações conseguiram chegar a Gaza. Sabíamos das dificuldades, mas perseveramos para fazer a nossa parte.”
Durante sua detenção, ficou evidente que o governo israelense tentava desacreditar sua luta. Thiago foi forçado a não assinar um documento que reconhecia um “crime” que não cometeu: a tentativa de ingressar ilegalmente no país. “Assinar algo que não condiz com a verdade não faz sentido. O que vale é a minha consciência,” afirmou.
Enquanto refletia sobre as agressões que sofreu, ele manteve o foco na dor e na resistência do povo palestino, insistindo que sua experiência, embora difícil, é insignificante comparada ao sofrimento que muitos enfrentam diariamente. “O que pode acontecer comigo não importa. O futuro da minha filha e de outras crianças é o que realmente importa”, ressaltou, evidenciando seu compromisso e amor paternal.
Thiago teve a oportunidade de conviver com Greta Thunberg, aclamada ativista sueca. Ambos compartilharam momentos significativos, com Thiago assumindo papel de proteção em caso de agressões. Mesmo que seus caminhos se cruzassem em uma luta tão diferente, a conexão entre eles era palpável. “Greta é uma alma extraordinária, cheia de empatia”, ressaltou.
Ao retornar ao Brasil, Thiago enfrentou repercussões emocionais e físicas da prisão, incluindo um diagnóstico de sarna. No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, ele foi recebido calorosamente por manifestantes que expressaram solidariedade à causa palestina, evidenciando que a luta continua.
Quem é Thiago Ávila? O brasiliense é um ativista comprometido desde 2005, passando por diversas regiões em conflito. Ele não apenas leva ajuda humanitária, mas também compartilha a dura realidade daquelas áreas nas redes sociais, tornando-se um porta-voz crucial para muitos. Sua coragem de sair em busca de justiça desafia as barreiras de um sistema que muitos consideram injusto.
Agora, mais do que nunca, sua voz ecoa um chamado à ação. Thiago nos convida a refletir e a agir em prol da justiça e da solidariedade. O que você faria para ajudar a construir um futuro melhor?
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