Presidente do Banco Central enfatizou que diálogos sobre a sustentabilidade da dívida pública são essenciais para a democracia, trazendo tanto avanços quanto desafios.

  • da Redação
  • 26/06/2025 22h00

Lula Marques/ Agência Brasil

Gabriel Galípolo

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, chamou a atenção para a importância dos debates sobre medidas que buscam a sustentabilidade da dívida pública no Brasil. Em uma coletiva de imprensa, onde apresentou o Relatório de Política Monetária (RPM) do segundo trimestre, ele destacou a desarmonia global entre a oferta e a demanda de títulos públicos. Essa situação, segundo Galípolo, é afetada por esforços fiscais durante crises, como guerras ou recessões.

Ele também ressaltou a confusão no Brasil entre as taxas de juros de longo prazo e a Selic. Alertou que essa incerteza pode intensificar a relação entre os títulos públicos e a Selic, influenciando a percepção do mercado. Durante suas interações com representantes do governo e do Legislativo, Galípolo notou uma abertura para a elaboração de propostas fiscais, destacando a colaboração com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os presidentes do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre e Hugo Motta.

Galípolo destacou que uma sinalização clara em relação à sustentabilidade da dívida pode proporcionar ao Brasil uma vantagem competitiva em um cenário internacional repleto de incertezas. Ele reiterou a importância de discutir medidas estruturantes e como essas podem impactar os preços dos ativos e as expectativas de inflação.