Em um cenário que deveria celebrar a preservação ambiental, dados alarmantes emergem da Bahia, revelando um grave problema: derramamentos de óleo no mar. Obtidas através da Lei de Acesso à Informação, essas informações apontam para pelo menos dois incidentes significativos nos últimos anos, ocorrendo entre 2019 e 2024, com evidentes consequências para o ecossistema marinho.
O primeiro alerta soou em 21 de março de 2021, quando a embarcação Iberian Bulker, registrada nas Ilhas Marshall, liberou cerca de 50 litros de óleo VLSFO nas águas próximas à Baía de Todos-os-Santos. O impacto resultou em um auto de infração para a empresa responsável, Oldendorff Carriers GmbH & Co., que, após multa de R$ 14.062,50, viu a situação encerrada com um nível 1 de gravidade, considerado o menos sério na escala da Marinha.
Por outro lado, o que ocorreu em 19 de novembro de 2023 foi ainda mais preocupante. A embarcação Torm Voyager, com bandeira dinamarquesa, derramou aproximadamente 6,3 metros cúbicos de xileno, uma substância extremamente tóxica. A Torm Shipping India Pvt. Ltd. foi identificada como a responsável e, apesar do auto de infração ainda estar pendente, o impacto ambiental desta ocorrência foi classificado como nível 4, o que indica uma grave situação para o meio ambiente.
As causas dos derramamentos foram identificadas pela Marinha: o primeiro, atribuído a “abastecimento/transferência de óleo”, enquanto o segundo ocorreu durante atividades de “carregamento/descarregamento”. Esses incidentes não são apenas números; eles representam um sério alerta sobre a segurança ambiental nas águas do Brasil.
Esses dados fazem parte de um esforço nacional mais amplo para monitorar e gerir a poluição marítima, organizado pelo 2º Distrito Naval, que abrange a Bahia. O sistema Sisauto, utilizado para registrar esses autos de infração, reflete uma tentativa de responsabilizar os infratores e preservar nosso riquíssimo ecossistema costeiro.
Diante deste panorama, é essencial que a sociedade se envolva nas discussões sobre a proteção de nossas águas. O que você pensa sobre esses incidentes? Como podemos, juntos, reforçar as políticas de preservação ambiental? Sua opinião é fundamental!
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