Derrite mira retorno à Câmara para subir o tom no embate da Segurança

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Guilherme Derrite, atual secretário da Segurança Pública de São Paulo, está determinado a utilizar seu retorno como deputado federal para se aprofundar nas discussões sobre a PEC da Segurança Pública e outras pautas relevantes no Congresso Nacional. Recém-filiado ao PP, ele é pré-candidato ao Senado e enxerga na tribuna da Câmara uma plataforma crucial para suas aspirações políticas em 2026.

Com a legislação eleitoral em vigor, ele tem até abril do ano que vem para se desincompatibilizar do cargo e se candidatar, mas já manifestou a possibilidade de deixar a SSP ainda este ano. “Minha intenção de voltar se deve à PEC da Segurança Pública. Acredito que posso oferecer uma contribuição significativa, dado meu papel à frente da maior Secretaria de Segurança Pública do país”, declarou Derrite em um evento de formatura de novos soldados da PM, acompanhado do governador Tarcísio de Freitas.

Recentemente, Derrite criticou a PEC da Segurança Pública proposta pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, apontando que ela não aborda a reincidência criminal, um dos principais problemas do sistema de segurança pública. “Precisamos limitar o acesso à audiência de custódia. Não sou contra ela, mas acredito que um controle maior é necessário”, afirmou.

O PP tem pressionado para que o presidente da Câmara, Hugo Motta, coloque em pauta propostas que visam endurecer a Lei de Execução Penal, uma questão que é de grande interesse para Derrite. Para líderes do partido, seria um grande avanço que ele coordenasse os trabalhos sobre esses projetos, consolidando sua imagem antes das eleições.

Visando as eleições de 2026, o PP considera Derrite como a figura central nessa agenda de segurança. Entre as estratégias propostas está um tour de palestras do secretário em diversas regiões do estado para discutir a segurança pública.

Com a saída do governo, Derrite terá maior liberdade para criticar abertamente a administração Lula. Menos pressionado pelas demandas da Secretaria, ele poderá focar em sua atuação política, tornando-se uma voz importante no debate nacional sobre segurança.

Durante um evento recente, o governador Tarcísio elogiou publicamente o trabalho de Derrite, ressaltando a redução dos índices de criminalidade e o aumento da eficiência policial. “Estou muito satisfeito com o trabalho de Derrite. Se depender de mim, ele ficará até o final do período de desincompatibilização”, afirmou Tarcísio.

Contudo, sob a gestão de Derrite, a Polícia Militar de São Paulo registrou altas taxas de letalidade, o que suscita polêmica e críticas. Em 2023, 760 pessoas foram mortas pela polícia, marcando um aumento alarmante em comparação ao ano anterior, conforme dados do Ministério Público de São Paulo.

O recente evento de filiação de Derrite ao PP foi interpretado como um lançamento informal de uma frente política que visa a Presidência da República em 2026. Tarcísio também manifestou apoio à candidatura de Derrite ao Senado, enfatizando a importância da união entre diversas lideranças em torno de um projeto sólido para o Brasil.

Este ambiente político carrega significado, e Tarcísio afirma com firmeza: “Esse grupo estará unido. Temos um projeto para o Brasil e sabemos o caminho a seguir.” Em meio a este panorama, a expectativa é alta e o jogo político promete intensas movimentações nos próximos anos. O que você acha das ações de Derrite? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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