A Bahia, rica em diversidade cultural, abriga mais de dez terreiros reconhecidos como patrimônio cultural, tanto nacional quanto estadual. O historiador e diretor do IPAC, Marcelo Lemos Filho, enfatiza que esse reconhecimento é um passo vital para resgatar a história dos povos afrodescendentes na região. Em uma entrevista ao Bahia Notícias, ele ressaltou que esses avanços são fruto das batalhas dos movimentos sociais, que lutam pelo reconhecimento dos cultos afro-brasileiros e pela valorização da ancestralidade.
Lemos destaca a importância de enxergar o terreiro de candomblé como parte integral da narrativa baiana. “Nós vivemos em um estado laico e precisamos reconhecer a pluralidade religiosa. Os terreiros recontam a história da Bahia, ilustrando a resistência e a sobrevivência do povo negro”, afirma. Para ele, a preservação desses espaços é essencial não apenas pela sua relevância histórica, mas também por sua contribuição cultural.
No entanto, Lemos alerta sobre os desafios burocráticos do processo de patrimonialização. O cuidado é fundamental para que essa transição não se torne um fardo para os povos tradicionais. Ele enfatiza a responsabilidade na abordagem dos processos de tombamento, deixando claro os impactos envolvidos. “Nosso povo já enfrenta muitas dificuldades, e a patrimonialização deve ser uma ferramenta de valorização, não mais um pesadelo”, acrescenta.
Nos próximos dias, o Bahia Notícias publicará a entrevista completa de Marcelo Lemos Filho, onde mais detalhes sobre a luta pela valorização dos terreiros e suas histórias estarão em foco. Acompanhe e compartilhe suas reflexões sobre a importância dessa causa nos comentários!
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