O dólar abriu junho de forma negativa, fechando a R$ 5,6757, uma queda de 0,77% em relação ao dia anterior. Essa desvalorização é impulsionada por tensões crescentes na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Recentemente, os dois países trocaram acusações sobre o descumprimento da trégua tarifária de 90 dias estabelecida no mês passado.
Em um movimento que pode elevar ainda mais as tensões, o presidente Donald Trump anunciou que a taxação sobre importações de aço e alumínio será aumentada de 25% para 50%, com efeito a partir de quarta-feira, 4 de junho. Essa nova medida contribui para a desvalorização do dólar, que foi agravada pela mudança nas percepções de risco fiscal no Brasil.
O mercado observou que o real teve um desempenho inferior a outras divisas latino-americanas, como o peso chileno e o mexicano. Parte dessa volatilidade reflete a incerteza em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as recentes mudanças na perspectiva de rating do Brasil pela Moody’s, que passou de positiva para estável. Esses fatores afastam o país do grau de investimento.
A moeda americana manteve-se em alta pela manhã, atingindo uma mínima de R$ 5,6671 antes de se recuperar parcialmente em um ambiente de mercado mais negativo para o Ibovespa. Apesar das oscilações, o dólar acumula uma desvalorização de 8,16% em relação ao real desde o início do ano, destacando-se como a divisa de melhor desempenho na região.
No Congresso, já existem clamorosos pedidos para derrubar o decreto referente ao aumento do IOF, que vem sendo criticado por setores produtivos e políticos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alega que soluções estruturais precisam ser encontradas para melhorar as contas públicas, sem dissociar o contexto político da necessidade de ajustes econômicos.
No cenário internacional, o índice DXY, que avalia o desempenho do dólar diante de uma cesta de moedas fortes, recuou cerca de 0,60%. O euro e o iene, por exemplo, mostraram aumentos em seus valores. Entre as divisas emergentes, o dólar australiano e o neozelandês também se destacaram positivamente, enquanto os preços do petróleo subiram mais de 3%.
Este cenário complexo é um forte lembrete da interconexão entre economias globais e a rapidez com que mudanças políticas podem impactar mercados financeiros locais. É um momento crucial para que investidores e cidadãos fiquem atentos às notícias e desenvolvimentos futuros.
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