O cenário financeiro global apresentou um sopro de alívio quando o dólar enfrentou uma queda e fechou a R$ 5,50 nesta segunda-feira (23). Depois de uma abertura instável, onde a moeda alcançou R$ 5,55, o dólar encerrou a jornada com uma desvalorização de 0,39%. Este movimento reflete uma sequência de eventos que acalmou os temores do mercado, especialmente após uma reação iraniana relativamente contida aos ataques dos EUA.
O real se beneficiou deste enfraquecimento da moeda norte-americana, evidenciado pela diminuição da percepção de risco nos mercados globais. O índice da B3 permaneceu em 136.550,50 pontos ao fechamento, apesar da tensão inicial provocada pelos ataques do Irã às bases dos EUA no Catar e no Iraque. Esse movimento estratégico, interpretado como uma resposta cuidadosa, sugere que Teerã está mais interessada em evitar um conflito prolongado do que em intensificar as hostilidades.
Com a redução das tensões, as cotações do petróleo também sofreram uma queda significativa. O contrato do tipo Brent, que chegou a ser cotado acima dos US$ 81, fechou em baixa de 6,67%, a US$ 70,52. Olhando para o índice DXY, que representa o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, observou-se uma oscilação nesta jornada que culminou em uma média de 98,400 pontos ao fim do dia.
As aversões ao risco, percebidas no início do dia, tinham raízes nos receios de uma escalada do conflito no Oriente Médio, exacerbados pelos recentes ataques a instalações nucleares no Irã. Embora o Parlamento iraniano tenha manifestado apoio a medidas mais drásticas, como o fechamento do Estreito de Ormuz, a decisão final repousa sobre o Conselho Supremo de Segurança Nacional e o aiatolá Ali Khamenei. A comunicação a partir de Teerã indica que o país não buscará agressões adicionais, alinhando-se a uma narrativa de cautela.
Com a expectativa de uma apreciação do real em função da política monetária interna, os investidores esperam até mesmo romper a barreira de R$ 5,50 em um futuro próximo. O Comitê de Política Monetária (Copom) já elevou a taxa Selic para 15% ao ano na última quarta-feira (18), sinalizando a manutenção dessas taxas por um prolongado período. A aposta no Federal Reserve dos EUA, que pode reduzir a taxa básica de juros em até 50 pontos-base ainda este ano, agrega um fator bônus a esse cenário, apesar dos alertas sobre a inflação.
Em contrapartida, o Ibovespa enfrentou um fechamento modesto, marcando 136.550,50 pontos, com uma baixa de 0,41%. A expectativa desanimadora se deveu, em parte, à aversão ao risco provocada pelos eventos no Oriente Médio. O volume de negociação chegou a R$ 20,5 bilhões, com um desempenho misto nas ações. Enquanto setor financeiro apresentou algumas perdas, frigoríficos mostraram resiliência com ganhos notáveis.
Diante dessa complexidade geopolítica, a expectativa é de que os mercados continuem a reagir às próximas movimentações, tanto de investidores internos quanto internacionais. E você, como acredita que essas dinámica afetarão suas decisões financeiras? Compartilhe sua opinião com a gente!
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