Em um dia marcado por movimentos distintos nos mercados financeiros, o dólar fechou em leve alta, enquanto o Ibovespa teve um desempenho negativo, surpreendendo os investidores. A moeda norte-americana atingiu uma máxima de R$ 5,6535 nas últimas transações, encerrando a sessão a R$ 5,6455, um aumento de 0,17%. Por sua vez, o índice da B3 recuou 0,40%, estabelecendo-se em 137 mil pontos.
Esse movimento do real ocorreu mesmo em um cenário internacional onde prevalecia a fraqueza do dólar. Dados econômicos dos EUA, que não atenderam às expectativas, alimentaram a esperança de cortes de juros pelo Federal Reserve ainda este ano. No entanto, operadores do mercado atribuíram a falta de força do real à diminuição do otimismo sobre as reformas fiscais que o governo está considerando como substituição para as mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na manhã de quarta-feira, o dólar apresentou uma queda inicial, atingindo uma mínima a R$ 5,6105, mas logo se recuperou. Enquanto isso, o índice DXY, que acompanha o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, recuou para menos de 99 pontos, com marca mínima de 98,673. A desaceleração da economia americana, evidenciada pela redução do índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços de 51,6 em abril para 49,9 em maio, trouxe mais incertezas ao mercado.
Enquanto isso, o Ibovespa enfrentou uma nova onda de baixa, cedendo 0,40%, e fechando em 137,001.58 pontos. O pregão, que teve um giro de R$ 22 bilhões, viu o índice chegar a cair até 0,63% em seu pior momento. A influência negativa no índice veio, principalmente, das ações da Petrobras, que apresentaram quedas significativas: ON -2,91% e PN -2,75%. Isso ocorreu em meio à queda do petróleo, que perdeu força após a Arábia Saudita anunciar a intenção de aumentar a oferta de petróleo no futuro próximo.
Contudo, nem tudo estava perdido para o Ibovespa. O minério de ferro registrou uma recuperação de mais de 1% em Cingapura, refletindo positivamente nas ações da Vale ON, que subiu 0,46% e ajudou a suavizar as perdas do índice, que enfrentou ainda desajustes em grandes bancos como Banco do Brasil (-2,74%) e Santander (-2,35%).
Como você avalia o cenário econômico atual? O que espera para os próximos dias em relação às moedas e ações no mercado? Compartilhe suas opiniões conosco!
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