Na Bahia, um marco significativo foi atingido na luta contra a transmissão vertical do HIV, que ocorre de mãe para filho. Duas cidades, Vitória da Conquista e Luís Eduardo Magalhães, receberam certificados do Ministério da Saúde pela eliminação dessa transmissão, evidenciando o sucesso de políticas de saúde pública focadas na prevenção e tratamento. Os dados não mentem: entre 2022 e 2023, a incidência de HIV em crianças caiu drasticamente de 3,6% para 1,9% dos casos, com uma taxa mínima de 0,1 por 1.000 nascidos vivos.
Esse avanço é corroborado pelo recente relatório do Ministério da Saúde, que revela uma taxa de transmissão vertical abaixo de 2% em todo o Brasil. Eleuzina Falcão, coordenadora de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), afirma: “Hoje, temos tratamentos e protocolos capazes de eliminar esse tipo de infecção.” Desde 2021, o número de crianças diagnosticadas com HIV antes dos cinco anos tem mostrado uma queda consistente, resultado do constante esforço de profissionais da saúde e da sociedade.
O pré-natal adequado é fundamental. Entre 2014 e 2023, 49,3% das gestantes com HIV foram diagnosticadas durante esse acompanhamento. O desconhecimento da condição pode levar a uma transmissão não intencional. “O diagnóstico é de extrema importância. Uma mulher que não sabe que tem HIV não será monitorada e pode transmitir o vírus ao dar à luz”, explica Eleuzina.
Elba Lopes, 39 anos, é um exemplo vivo desse suporte. Mãe de uma menina de sete anos, Elba, portadora do vírus, recebeu orientação e tratamento em instituições como o Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap). “Graças ao suporte, minha filha está saudável. Às vezes, o preconceito é difícil, mas encontrei acolhimento nesses locais”, conta Elba, que também admite que sua primeira filha, nascida antes do acompanhamento adequado, convive com o HIV.
A ginecologista Ana Gabriela Álvares, que faz parte da equipe do Cedap, elogia o trabalho integrado entre os serviços de saúde. “Nosso foco é garantir que a gestante receba a medicação antirretroviral para prevenir a transmissão ao bebê. Realizamos todo um acompanhamento durante e após a gestação”, detalha. Cada passo é estruturado para prover segurança e saúde a mães e filhos.
A atuação de instituições como o Instituto Beneficente Conceição Macedo (Ibcm), que já atendeu mais de 15 mil pessoas, é crucial nesse combate. O padre Alfredo Dorea, gerente do Ibcm, ressalta: “Nenhuma das gestantes atendidas transmitiu o vírus aos filhos, fruto do nosso suporte constante, incluindo alimentação e transporte.”
A realidade na Bahia é uma esperança para muitas famílias. O esforço conjunto entre as instituições de saúde e a conscientização da população pode fazer a diferença. Você também pode ser parte dessa transformação. Compartilhe essa mensagem e ajude a disseminar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Vamos juntos criar uma rede de apoio e informação!
Comentários Facebook