O Congresso Nacional, que deveria ser um bastião da responsabilidade fiscal, parece ignorar a lógica ao propor a criação de 18 novas vagas para parlamentares, consumindo R$ 64,6 milhões anuais do orçamento público. Essa discrepância revela um paradoxo preocupante: enquanto os políticos demandam ajustes nas contas do governo, suas ações desmentem qualquer compromisso genuíno com a austeridade.
Essa situação expõe um cinismo alarmante, onde as promessas e discursos se desfazem rapidamente, uma vez que a cortina do debate público se fecha nos gabinetes. A votação que aprova essa expansão, passando de 513 para 531 deputados, acontece sem o devido escrutínio, refletindo uma falta de respeito com a cidadania e com os anseios populares.
Esse movimento não se limita apenas ao Congresso. Com cerca de mil deputados estaduais atualmente, a proposta pode desencadear um efeito cascata em assembleias legislativas, indicando um crescimento desmedido que foge de qualquer justificativa sólida. Argumentar que se trata de um investimento na cidadania torna-se insustentável quando observamos o desprezo por medidas que realmente beneficiariam a população, como a recente elevação nas contas de energia elétrica.
Neste cenário, a receita se assemelha a uma “batata quente” para o presidente, que terá a difícil tarefa de decidir entre vetar ou aprovar essa proposta, possivelmente com restrições. Essa contenda deveria nos ensinar a distinguir entre “gasto”, como neste caso, e “investimento”, que realmente promove melhorias para todos.
É hora de refletir sobre os rumos que estamos tomando. Você também se sente indignado com essa situação? Compartilhe sua opinião e inspire outras pessoas a se envolverem neste debate tão crucial para o futuro do nosso país!
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