Na manhã desta quinta-feira, 5 de junho, professores da rede pública do Distrito Federal se reuniram e decidiram dar continuidade à greve iniciada na última segunda-feira, 2 de junho. Esta assembleia representou a primeira convocação geral dos educadores desde o início do movimento paredista, que busca melhorias significativas nas condições de trabalho e remuneração da categoria.
O clima de tensão se intensificou quando a Justiça acatou um pedido do Governo do Distrito Federal (GDF), estabelecendo uma multa diária de R$ 1 milhão pela manutenção da greve e a possibilidade de corte de ponto para os professores que aderirem ao movimento, considerado “abusivo” pela Justiça.
O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) argumenta que a categoria tem tentado, sem sucesso, negociar com o GDF desde o início do ano. Informações revelam que, em 21 de maio, o governo disse que não faria propostas, levando à insatisfação e à decisão pela paralisação.
Entre as principais reivindicações dos educadores estão a demanda por um reajuste salarial de 19,8%, a reestruturação do plano de carreira e a diminuição do tempo necessário para que os professores atinjam o topo da tabela salarial. Além disso, eles pedem o aumento dos percentuais de titulação para os professores com especialização, mestrado e doutorado, que atualmente são de 5%, 10% e 15% sobre o vencimento básico, respectivamente.
Antes da assembleia, diretores do Sinpro-DF participaram de uma reunião com membros do GDF e da Secretaria de Educação. No entanto, a proposta apresentada, que incluía a convocação de 3 mil professores apenas em dezembro de 2025 e outras condições que não atendiam às exigências da categoria, foi rejeitada.
Em uma reviravolta, a mesa de negociação foi reaberta graças à articulação do presidente do TJDFT, desembargador Waldir Leôncio Júnior. Essa iniciativa, que ocorreu após uma reunião com representantes do sindicato, foi vista como uma vitória pelos educadores.
Contudo, o Sinpro-DF não se calou frente à multa milionária imposta pela Justiça. Na quarta-feira, 4 de junho, protocolou uma Reclamação Constitucional no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que a decisão local fosse suspensa, alegando que ignora a “causa principal da paralisação”.
Em meio a essa turbulência, o governador Ibaneis Rocha (MDB) comentou os movimentos grevistas durante um evento oficial na reinauguração da Praça do Relógio, em Taguatinga, afirmando estar aberto à negociação e se comprometendo a administrar para todos, mesmo diante da oposição que, segundo ele, busca fortalecer sua base para as eleições do próximo ano.
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