A resposta é clara: não. Essa afirmação se sustenta por dois motivos fundamentais. Primeiro, a correção dos salários de contribuição ao longo do tempo é inferior ao aumento anual do teto do INSS. Segundo, o cálculo da sua aposentadoria não se limita à média das contribuições desde julho de 1994 até a data do pedido.
Com a reforma previdenciária imposta pela EC nº 103/2019, a situação tornou-se ainda mais complexa. Agora, para todos os tipos de aposentadoria, é necessário atender a requisitos de idade, o que muitas vezes dificulta o acesso ao benefício. No entanto, aqueles que já possuem direitos adquiridos pelas normas anteriores à reforma estão resguardados.
Por exemplo, vamos considerar a média dos valores pagos ao INSS: em junho de 1995, o teto era de R$ 832,66, e agora atinge R$ 8.157,41. Se um benefício fosse solicitado hoje, o valor do pagamento efetuado há 30 anos seria ajustado para R$ 7.150,99, e não para o teto atual. Isso comprova que uma contribuição feita no passado, mesmo sendo pelo teto, não garante o valor de aposentadoria esperado.
Analise o caso de dezembro de 2019, quando o teto era de R$ 5.839,45. De lá até agora, houve um aumento de 39,69%. No mesmo período, a correção do salário de contribuição foi de 38,68%, resultando em uma diferença de 1%. Assim, mesmo contribuindo pelo teto, o segurado nem sempre terá a segurança de uma aposentadoria equivalente ao teto.
O cálculo do valor inicial da aposentadoria é baseado em uma média e aplicando-se um percentual que varia conforme o tempo de contribuição. Um homem com menos de 20 anos de contribuição pode receber apenas 60%, enquanto esse percentual pode superar 100%, dependendo da situação individual.
É importante destacar que as aposentadorias por incapacidade, decorrentes de acidentes ou doenças profissionais, garantem 100% da média de contribuições, independentemente do tempo de contribuição.
Ainda assim, vale a pena contribuir pelo teto do INSS?
Sim, a contribuição para a previdência social é uma forma de investimento seguro. Além disso, em certas condições, essa contribuição se torna uma obrigação, especialmente para empregados que recebem acima do teto.
Por exemplo, imagine uma mulher que começa a contribuir ao INSS aos 47 anos, pagando o teto. Após 15 anos, esse investimento pode somar R$ 293.666,76, garantindo um benefício por idade de aproximadamente R$ 4.894,45 ao completar 62 anos. Com esse capital, a renda mensal gerada representa um retorno estimado de 1,80% ao mês.
Vale lembrar que esse valor traz ainda outros benefícios temporários, como auxílio por incapacidade e a possibilidade de deixar uma pensão para dependentes em caso de falecimento.
E como se planejar para não desperdiçar dinheiro?
Um planejamento previdenciário eficaz permite que o segurado compreenda sua situação atual em relação ao INSS e trace estratégias que assegurem uma renda confortável no futuro. Este planejamento deve ser realizado em conjunto com um especialista, ressaltando a importância de um histórico de contribuições consistente para maximizar o benefício a ser recebido.
Por fim, um bom planejamento previdenciário é essencial para garantir uma qualidade de vida superior e segurança na aposentadoria.
Clique e fale com um especialista pelo (71) 3012-7766
“`
Comentários Facebook