Entidade liga caso do juiz de decisão em 16 minutos à farra do INSS

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Uma entidade do Ceará está no centro de uma investigação que conecta descontos indevidos sobre aposentados a um juiz da Paraíba. O foco das apreensões é a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), que figura nas apurações da Polícia Federal dentro da operação Sem Desconto e já foi alvo da Retomada, uma investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB).

A operação Retomada revela a atuação do juiz Glauco Marques, conhecido por decisões relâmpago, como uma que durou apenas 16 minutos, favorecendo entidades com práticas irregulares. Segundo a denúncia, a AAPB tem sido acusada de captar idosos para contrair empréstimos consignados, disfarçados como contribuições associativas.

Os investigadores alegam que a AAPB e outras entidades adotam métodos enganosos, manipulando a justiça para realizar homologações fraudulentas. Essas homologações autorizam descontos nas folhas de pagamento dos aposentados, que frequentemente não têm ciência da associação ou do consentimento para tais descontos. Muitos se deparam com valores inesperados em seus holerites, como a contribuição AAPB.

O juiz Glauco Coutinho Marques, que deu decisão relâmpago em 16 minutos
O juiz Glauco Coutinho Marques, que deu decisão relâmpago em 16 minutos

De acordo com documentos da Controladoria-Geral da União (CGU), os descontos realizados pela AAPB cresceram 1.259% entre 2021 e 2022, saltando de R$ 1,1 milhão para R$ 15,7 milhões. A CGU, ao auditar a entidade, apontou a ausência de capacidade operacional e indícios de líderes de fachada, ligando a AAPB à AAPEN, outra entidade sob investigação.

A advogada Cecília Rodrigues Mota surge como uma figura central, sendo associada a diversas transações financeiras suspeitas. Relatórios apontam que ela e seus associados teriam movimentado cerca de R$ 14 milhões entre as entidades e empresas ligadas a elas, indicando uma rede complexa de corrupção.

Transações relevantes incluem o envio de R$ 630 mil para uma consultoria vinculada à família de um ex-procurador do INSS, e R$ 520 mil para o filho de um ex-diretor do INSS, ambos envolvidos nas investigações em curso. As profundezas dessa trama revelam um cenário alarmante de irregularidades que afetam diretamente a aposentadoria de muitos brasileiros.

Diante de tamanha gravidade, o que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários e não hesite em compartilhar suas reflexões!

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