Em um cenário econômico desafiador, os estados brasileiros surpreenderam ao *investir mais do que o dobro* do que a União em 2024. O 2º Boletim Fiscal dos Estados Brasileiros, uma colaboração entre o Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, revelou que as 27 unidades da federação destinaram aproximadamente R$ 86,6 bilhões em investimentos, contrastando com os R$ 36,5 bilhões desembolsados pelo governo federal no mesmo período.
Esses dados revelam que, em termos de PIB, os investimentos públicos das UFs representam 0,74%, enquanto os recursos federais correspondem a apenas 0,31%. Essa discrepância levanta questions sobre as prioridades de investimento e a eficácia das políticas públicas.
O boletim ainda destacou um crescimento econômico robusto, impulsionado pelo consumo das famílias e pelo fortalecimento do mercado de trabalho. Com um crescimento do PIB estimado em 3,4%, os pesquisadores consideram esse resultado promissor para a média histórica do Brasil.
Além disso, a análise abordou os impactos da inflação e da taxa Selic sobre o crédito e a atividade econômica. Os pesquisadores notaram uma arrecadação mais equilibrada do ICMS entre os estados, sinalizando um desempenho fiscal mais estável e positivo para a maioria das unidades da federação.
Três pontos merecem destaque neste contexto: a tendência crescente nos investimentos estaduais, a solidez financeira da maioria das UFs em relação aos limites de gasto com pessoal, e a diversidade regional nos gastos em áreas cruciais como saúde e educação.
No que se refere ao gasto público, o boletim revelou que, embora os gastos federais tenham contribuído negativamente para o crescimento do PIB, com uma perda de -0,3 pontos percentuais, quando incluídos os gastos estaduais, municipais e das empresas públicas, a contribuição total foi de 2,3 pontos percentuais positivos.
Esses dados pintam um quadro dinâmico da economia brasileira. Como você vê o papel dos estados frente à União em termos de investimentos? Deixe sua opinião nos comentários!
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