A crescente tensão entre Irã e Israel traz sérios riscos ao mercado de petróleo, conforme alerta a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O agravamento do conflito pode não apenas encarecer a commodity, mas também ameaçar a oferta global, enfatizando a necessidade do Brasil em ampliar suas reservas de óleo.
A Firjan expressou sua preocupação com a possibilidade de um fechamento do Estreito de Ormuz, uma rota vital que transporta 20% do petróleo consumido no mundo. Recentemente, o Parlamento iraniano aprovou essa medida, o que alerta para possíveis impactos em outras cadeias de produção devido à possível interrupção da oferta.
O aumento dos preços do petróleo em cenário de conflito no Oriente Médio também deve causar elevação nos custos de produção global, afetando diretamente a indústria brasileira, que importa equipamentos e pode sofrer com o aumento de preços decorrente da escassez de energia.
A Firjan insiste na necessidade urgente de explorar novas fronteiras de petróleo no Brasil, como as bacias da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas. Há uma preocupação de que, enquanto há quase uma década o Brasil possuía 23 anos de reservas provadas, hoje esse número caiu para menos de 13 anos, colocando o país em desvantagem em relação a outras economias.
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) também se manifestou, pedindo a expansão das fronteiras petrolíferas brasileiras em resposta à instabilidade no Oriente Médio. A proposta inclui a prospecção de novas reservas, especialmente nas mesmas bacias que a Firjan menciona.
O conflito que se intensificou em junho de 2023, com ataques entre Israel e o Irã, demonstrou que a situação geopolítica pode impactar diretamente a economia global. Os EUA também se envolveram, aumentando a complexidade do cenário, e mesmo após tentativas de um cessar-fogo, a tensão continua alta.
Diante dessa realidade, a discussão sobre o fortalecimento das reservas brasileiras se torna um assunto vital. O que você acha sobre o papel do Brasil nesse contexto? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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