Na terça-feira (17/6), o chanceler federal da Alemanha, Friedrich Merz, expressou seu agradecimento a Israel durante a cúpula do G7 no Canadá, referindo-se aos bombardeios israelenses no Irã como um “trabalho sujo” em prol do Ocidente. Merz destacou a coragem do governo e do Exército israelense, afirmando que, sem essas ações, o regime iraniano continuaria a propagar terror por muito mais tempo.
“Este é o trabalho sujo que Israel faz para todos nós”, disse Merz, ressaltando que o governo do aiatolá Ali Khamenei é uma ameaça que traz “morte e destruição” ao mundo, devido ao seu apoio a grupos extremistas como o Hezbollah e o Hamas. O chanceler também mencionou os drones iranianos fornecidos à Rússia na guerra contra a Ucrânia como parte da ameaça global que representa o Irã.
“Só posso dizer que temos grande respeito pelo fato de o Exército israelense e o governo israelense terem a coragem de fazer isso”, declarou em entrevista à emissora ZDF.
Merz acredita que os recentes ataques aéreos podem contribuir para a queda do regime iraniano, uma mudança que consideraria positiva. “Estamos lidando com um regime terrorista, tanto interna quanto externamente”, argumentou, reforçando sua opinião de que os ataques israelenses têm enfraquecido significativamente os mulás e deixado o futuro do país incerto.
Apesar de sua postura belicista, o chanceler também defendeu a retomada das negociações com o Irã, que atualmente busca um acordo com os EUA para limitar seu programa nuclear, embora os ataques israelenses possam ter frustrado esses diálogos.
O presidente francês, Emmanuel Macron, adotou uma posição mais cautelosa, enfatizando que ações militares para mudar o regime no Irã poderiam resultar em caos e instabilidade. Ele pediu um cessar-fogo e alerta que a prioridade deve ser evitar que o Irã desenvolva armas nucleares.
Enquanto isso, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou o líder iraniano a renunciar, insinuando que ele seria um alvo fácil, mas assegurou que a intenção não é matá-lo “por enquanto”. Trump enfatizou que busca uma “rendição completa” do Irã, não apenas um cessar-fogo, e advertiu que a paciência dos EUA está se esgotando.
Os bombardeios israelenses foram justificados como uma medida para impedir o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã, o que Teerã nega. Apesar de ser signatário do Tratado de Não Proliferação, o Irã foi criticado pela AIEA por não cumprimento das obrigações desse tratado. Os ataques já resultaram em numerosas vítimas, com pelo menos 224 mortes e mais de 1.200 feridos no Irã, enquanto em Israel, 24 pessoas morreram e 592 foram feridas em decorrência dos ataques iranianos.
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