O Governo do Distrito Federal (GDF) está traçando um novo destino para as famílias que ocuparam irregularmente uma área pública no Setor de Inflamáveis. A proposta é realocá-las para o Setor Habitacional Tamanduá, no Recanto das Emas, após mais uma derrubada na região ocorrida nesta segunda-feira (9/6), resultado de uma recente reocupação.
Durante uma reunião com a associação de moradores, o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, apresentou essa nova alternativa. Segundo a Secretaria DF Legal, o processo poderá se iniciar assim que as famílias concordarem com a mudança. Para facilitar essa transição, o governo ofereceu matrículas em escolas públicas, transporte escolar gratuito para as crianças e o Cartão Prato Cheio, que ajuda na compra de alimentos.
No entanto, a proposta encontrou resistência. A líder do Movimento Popular Pelo Aschagas, Cristiane Aparecida, afirmou que a aceitar esta realocação é inviável, alegando que o local ainda não está pronto para receber as famílias. “Demoraria dois meses para o lugar ficar pronto”, destacou a moradora, ressaltando as preocupações com a infraestrutura existente.
Residencial Tamanduá: Um Novo Começo?
O Residencial Tamanduá, que pertence à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) e que está sob responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), possui a capacidade de abrigar cerca de 1.081 pessoas, ou 183 famílias. O local ganhou atenção especial após uma ocupação simbólica iniciada por famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no dia do aniversário de Brasília, como forma de protesto contra a lentidão na política habitacional.
Desafios nas Derrubadas
Apesar das ações do governo, a luta pela ocupação do espaço continua. Um mês depois de uma grande operação de derrubada, os moradores retornaram e improvisaram novos abrigos com madeirite e lona. Mais uma vez, foram removidos por equipes da Polícia Militar do Distrito Federal e do governo local na recente operação, que ocorreu na mesma data da derrubada anterior.
A Defesa Civil justificou a ação, destacando o risco de vida para os moradores, devido à proximidade de áreas onde são manuseados produtos perigosos e à linha férrea. Mesmo após as intervenções, a ocupação persiste, e a Codhab relatou que 43 moradores foram atendidos até o momento, com 11 prontos para o programa habitacional. No entanto, nem todos se enquadraram nos critérios de vulnerabilidade.
A Codhab continua trabalhando para apoiar as famílias em situação de vulnerabilidade, ressaltando que é essencial que todas atendam aos critérios legais estabelecidos pela legislação vigente. As negociações para uma realocação adequada seguem em aberto.
O que você acha dessa situação? Como acredita que o GDF poderia agir para melhorar a vida dessas famílias? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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