O governo federal acaba de dar um passo importante na adequação do programa educacional Pé-de-Meia ao orçamento de 2025. Em resposta a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), foi enviado ao Congresso Nacional um pedido de abertura de crédito suplementar no valor de R$ 686 milhões. Essa medida reflete uma necessidade urgente de ajustar as finanças e garantir que o programa receba os recursos necessários para sua implementação.
A decisão do TCU obrigou o governo a tomar providências em um prazo de 120 dias, e esse prazo se encerrou recentemente. Com os recursos solicitados, o Executivo pretende garantir que o financiamento do programa não ultrapasse as regras orçamentárias estabelecidas, ao mesmo tempo que realiza cortes equivalentes em outras despesas discricionárias. A proposta se alinha a uma projeção que indica a execução total dos recursos já alocados no fundo do Pé-de-Meia até o final de 2025.
Embora o programa possua cerca de R$ 12 bilhões em recursos, apenas R$ 1 bilhão foi incorporado à Lei Orçamentária de 2025. O restante continua fora do fluxo orçamentário, operado por um fundo privado, segundo o TCU, que autorizou essa movimentação enquanto o assunto não for formalmente decidido pelo Legislativo. É um imbróglio que demanda atenção, pois a tentativa de inserir o Pé-de-Meia na proposta de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não atende completamente às condições exigidas pelo TCU.
Além disso, o governo apresentou um pedido adicional de R$ 8,3 bilhões para o Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais (FCBF), criado pela reforma tributária. Essa faz parte de um plano mais amplo de reestruturação fiscal, que visa extinguir gradualmente benefícios relacionados ao ICMS e ao ISS até 2033, proporcionando uma transição mais suave para os Estados e o Distrito Federal.
Com essas decisões, o governo tenta enfrentar os desafios orçamentários de forma estratégica. Agora, a expectativa é que a Câmara e o Senado analisem as propostas e aprovem as mudanças necessárias para que as políticas educacionais possam ser financeiramente sustentadas. O que você acha dessas medidas? Deixe sua opinião nos comentários!
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