A decisão do Congresso Nacional em derrubar o decreto presidencial que aumentava o IOF gerou um clima de incerteza no Palácio do Planalto. Nesta quinta-feira (26), a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que ainda não definiu se irá judicializar a queda da contribuição. O governo, que busca alternativas para garantir a meta fiscal de 2025, enfrenta um dilema sobre os próximos passos a serem tomados.
O projeto de Decreto Legislativo (PDL), que anulou o aumento do IOF, foi rejeitado com 383 votos a favor e apenas 98 contra, mostrando ampla resistência no Legislativo. A AGU revelou que aguarda uma reunião técnica com a equipe econômica do Ministério da Fazenda antes de tomar qualquer decisão sobre implicações legais dessa votação.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manifestou preocupação com as consequências financeiras, alertando que o congelamento orçamentário pode resultar em um impacto de até R$ 41 bilhões. “As pessoas físicas pagarão alíquotas diárias de IOF até duas vezes maiores que as de pessoas jurídicas”, destacou, defendendo a natureza regulatória do decreto, apesar de seus efeitos fiscais.
Esse embate entre o Executivo e o Legislativo acirrou tensões. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, chamou a votação de precipitada, alegando que um acordo não foi cumprido. Em resposta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, defendeu a legitimidade da decisão, ressaltando que o decreto foi amplamente rejeitado pela sociedade.
Após a derrota, a oposição celebrou a vitória como uma defesa do contribuinte, afirmando que a alta de impostos não é a solução para a crise fiscal. Agora, o governo precisa avaliar cuidadosamente as alternativas disponíveis e enfrenta resistência tanto política quanto jurídica em relação a uma possível judicialização.
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