A nomeação de Sátiro Cerqueira Júnior como diretor-adjunto do Conjunto Penal de Salvador foi cancelada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap) nesta quinta-feira (5), apenas seis dias após a oficialização do ato. A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado, suscitou intensa repercussão e controvérsia.
Sátiro, que é servidor da Seap desde 2015, teve sua nomeação contestada após a divulgação de uma denúncia formal contra ele por tentativa de homicídio. O caso remonta a agosto de 2019, quando Sátiro foi preso em flagrante por atirar contra um vizinho, após uma discussão relacionada ao som alto durante a madrugada no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador.
Conforme a ata da audiência de custódia obtida pelo Bahia Notícias, a vítima sobreviveu ao ataque, mas Sátiro segue respondendo pelos crimes de tentativa de homicídio e homicídio qualificado. O Código Penal prevê a responsabilização do réu mesmo que o crime não se concretize, e a aplicação do agravante de “traição” se justifica pelo uso de uma arma de fogo.
Após cerca de 20 dias de detenção, Sátiro foi liberado em 2 de setembro de 2019, e o processo seguiu seu curso no Ministério Público da Bahia, que ofereceu denúncia formal contra ele em 14 de maio. A nomeação provocou reações acaloradas, especialmente entre a oposição política. O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) chegou a protocolar uma ação popular, destacando que o cargo exige “idoneidade moral”, um critério que, segundo ele, não se alinha ao passado de Sátiro.
Essa situação levanta questões cruciais sobre a impunidade e a responsabilidade na gestão pública. Você o que pensa sobre a escolha de líderes em funções tão delicadas como a segurança pública? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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