Na sexta-feira, 20 de junho de 2025, o governo iraniano anunciou uma medida drástica: a restrição de acesso à internet em todo o país. Essa decisão surge em meio a uma intensificação dos ataques israelenses, com o objetivo declarado de garantir que os sistemas de defesa do Irã consigam rastrear e interceptar drones inimigos.
Uma porta-voz do governo informou que o apagão cibernético não é consequência das hostilidades de Israel, mas uma estratégia deliberada das autoridades. “Se necessário, passaremos para a intranet; esta é uma decisão tomada para o bem da nação e a segurança do povo”, afirmou. O portal “Iran Nuances” destacou que, desde a quarta-feira anterior, o acesso a sites internacionais havia sido cortado, afetando até mesmo serviços de VPN comuns, usados para contornar bloqueios, como WhatsApp e Telegram.
A interrupção da internet aconteceu por volta das 13h30, coincidente com um intenso ataque israelense a várias instalações no Irã. As autoridades relataram que seus sistemas enfrentaram ciberataques e que dois bancos de dados foram comprometidos. De acordo com a plataforma NetBlocks, o Irã ficou desconectado da internet global, com a conectividade interna em níveis alarmantemente baixos, permitindo que apenas alguns usuários se conectassem por VPNs multi-hop.
Essa escalada de tensões se dá em um momento em que o Irã sofre bombardeios constantes das forças israelenses. Na semana anterior, Israel lançou uma ofensiva em larga escala contra instalações cruciais do programa nuclear iraniano, movido pela preocupação de que Teerã viesse a desenvolver uma bomba atômica, algo que o regime dos aiatolás refuta. O Exército israelense, além de atingir centros militares, também fez ações contra altos oficiais da Guarda Revolucionária e cientistas nucleares.
Embora as autoridades iranianas mantenham o número oficial de mortos em 224, relatos locais e a organização HRANA, com sede nos Estados Unidos, estimam que o número real já ultrapasse 639. Em retaliação, o Irã também atacou diversas instalações militares e atingiu até alvos civis, como o Hospital Soroka, em Israel. O número de mortos em Israel permanece em 24, conforme atualização das autoridades israelenses.
Este cenário alarmante levanta questões sobre a estabilidade na região e os desdobramentos de uma agressão que já impactou milhares de vidas. O que você acha sobre essa situação? Deixe seu comentário!
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