Você sabia que a sua idade pode ser mais do que um número no seu documento? Enquanto a idade cronológica simplesmente conta os anos que você viveu, a idade biológica reflete a verdadeira condição do seu corpo. Essa desarmonia entre as duas idades se torna especialmente pronunciada em pessoas que enfrentam doenças crônicas, como a obesidade.
A discrepância na idade biológica é influenciada por elementos como alimentação, sedentarismo, estresse, qualidade do sono e genética. Estes fatores desempenham um papel crucial em como nossos órgãos e sistemas envelhecem.
Risco de ter idade biológica mais alta
- A incompatibilidade entre a idade biológica e a cronológica aumenta o risco de doenças crônicas, incluindo diabetes e hipertensão.
- Uma idade biológica avançada eleva o risco de problemas como ansiedade e depressão.
- A combinação de uma idade biológica elevada pode acelerar o risco de morte precoce.
- Fatores como estilo de vida, genética e exposição a ambientes prejudiciais influenciam a idade biológica.
O nutricionista Bruno Correia, da cidade de Brasília, ressalta a importância da alimentação na saúde geral. Ele explica que uma dieta inadequada pode provocar consequências metabólicas semelhantes às de alguém com uma idade biológica mais avançada, tornando o corpo menos eficiente devido a problemas nos rins, fígado ou alterações em marcadores sanguíneos.
Por que pessoas com obesidade têm idade biológica mais alta?
Obesidade é mais do que apenas um questão de peso. Trata-se de uma condição crônica e inflamatória que afeta todo o organismo. O acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal, libera substâncias inflamatórias que circulam pelo corpo, gerando estresse oxidativo, um fator que danifica células e acelera o envelhecimento.
Esse processo desgasta órgãos vitais, como rins e fígado, além do coração, resultando em uma perda precoce da funcionalidade do corpo. A endocrinologista Érika Fernanda de Faria, do Hospital Santa Lúcia de Brasília, observa que pessoas obesas frequentemente apresentam telômeros, estruturas que protegem o DNA, significativamente encurtados. Isso ocorre devido aos danos causados pelo estresse oxidativo e processos inflamatórios crônicos.
“Alguns estudos mostram que pessoas com obesidade têm o encurtamento dos telômeros, estruturas que protegem o DNA. À medida que a gente envelhece, sofrendo com o estresse oxidativo causado por processos inflamatórios crônicos, eles vão se encurtando”, afirma a endocrinologista Érika Fernanda de Faria.
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A causa fundamental da obesidade e do sobrepeso é o desequilíbrio energético, onde a quantidade de calorias ingeridas supera o que é gasto. O excesso de calorias se transforma em gordura.
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Desde 1975, as taxas de obesidade em adultos triplicaram e cinco vezes em crianças e adolescentes. No Brasil, conforme o IBGE, quase 30% da população adulta poderá ser afetada até 2030.
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A obesidade impacta não só o peso, mas também afeta o corpo de maneira sistêmica.
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Os sintomas da obesidade clínica vão muito além do IMC.
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A alimentação rica em gorduras e o sobrepeso podem provocar inflamações de baixa intensidade no cérebro.
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Diante de sua complexidade, a obesidade não tem cura, mas é uma doença que pode ser controlada.
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Além dos problemas de saúde, pessoas obesas enfrentam estigmas sociais que afetam sua autoestima e bem-estar.
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É possível rejuvenescer biologicamente?
Os especialistas afirmam que é possível reverter o envelhecimento biológico com mudanças significativas no estilo de vida. A queima de gordura melhora os marcadores inflamatórios e restabelece a saúde celular, especialmente quando acompanhada de uma alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares, sono de qualidade e controle do estresse.
A chave para a longevidade e renovação celular é perder peso de forma saudável. Segundo Bruno Correia, um padrão alimentar com déficit calórico — onde se consome um pouco menos do que se gasta — traz ótimos resultados a longo prazo. É fundamental evitar o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, e adotar uma vida ativa e equilibrada.
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