Em uma busca intensa por um alívio econômico, o Irã fez um apelo nesta segunda-feira ao governo dos Estados Unidos, demandando “garantias” concretas sobre a suspensão das sanções que têm apertado o cerco à sua economia. Essa solicitação surge em um contexto delicado, diante de uma proposta americana para um potencial acordo nuclear. O porta-voz da diplomacia iraniana, Esmail Baghai, deixou claro que, até o momento, Washington não se manifestou sobre as garantias desejadas.
A urgência da situação se intensifica com uma reunião programada para hoje no Cairo, na qual Abbas Araghchi, o chefe da diplomacia iraniana e negociador nuclear, se reunirá com o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi. Participará também o ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelatty. Este encontro acontece após a divulgação de um relatório da AIEA que revela um aumento significativo na produção de urânio enriquecido pelo Irã, alcançando 60%, um patamar alarmante que se aproxima dos 90% exigidos para a fabricação de armas nucleares.
Durante sua visita ao Egito, Araghchi também terá um encontro com o presidente egípcio, Abdel Fatah al Sisi. Essas discussões são particularmente cruciais, pois ocorrem em um momento em que os esforços para negociar um novo acordo entre Washington e Teerã estão em andamento. No último sábado, o Irã confirmou ter recebido “elementos” de uma proposta americana, surgida após cinco rodadas de negociações mediadas por Omã, e prometeu responder de forma apropriada. O governo dos Estados Unidos, por sua vez, qualificou a proposta sobre o programa nuclear como “aceitável”. O desenrolar desses diálogos pode ser determinante para o futuro das relações entre os dois países.
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