Em uma afirmação contundente, Israel declarou que sua recente campanha militar atrasou em “pelo menos dois ou três anos” o desenvolvimento de uma bomba atômica por parte do Irã. O chanceler israelense, Gideon Sa’ar, destacou os impactos significativos do ataque aéreo realizado em 13 de junho, que obteve resultados aparentemente promissores. “Não vamos descansar até que essa ameaça seja completamente eliminada”, afirmou ele durante uma entrevista ao jornal alemão Bild.
Desde o início da ofensiva, a tensão entre Israel e Irã intensificou-se. Israel justificou seus ataques com a alegação de que o Irã estaria próximo de adquirir uma arma nuclear, algo que Teerã nega veementemente. Em resposta aos bombardeios, o Irã lançou uma série de mísseis e drones, elevando a escalada do conflito. O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, relatou que não existem provas de que o Irã esteja atualmente desenvolvendo um armamento nuclear.
Com o aumento da hostilidade, tentativas diplomáticas surgiram entre os EUA e o Irã em busca de um novo acordo nuclear, após a desintegração do pacto de 2015 devido à saída dos Estados Unidos em 2018. No entanto, as discussões foram interrompidas assim que os ataques israelenses começaram. O antigo acordo tinha como objetivo garantir a natureza pacífica do programa nuclear iraniano, bem como a suspensão gradual das sanções econômicas em troca de compromissos por parte de Teerã.
Enquanto as sirenes de alerta soaram no sul de Israel, um hospital em Haifa reportou 19 feridos devido aos novos lançamentos de mísseis iranianos. O Exército israelense respondeu bombardeando lançadores de mísseis no sudoeste do Irã, reforçando a ideia de que a campanha militar atual é a mais complexa da história do país. “Precisamos estar preparados para uma campanha prolongada”, advertiu o comandante do estado-maior, Eyal Zamirdijo, em uma mensagem em vídeo.
Em Teerã, milhares de cidadãos protestaram em apoio aos líderes locais, queimando bandeiras dos Estados Unidos e de Israel. O comércio na capital iraniana permaneceu praticamente paralisado, exceto por algumas padarias e pontos de venda de alimentos. Um comerciante anônimo expressou sua incerteza: “Não tenho medo da guerra, mas os negócios não vão bem”. Enquanto isso, a comunidade internacional observa com apreensão, aguardando desdobramentos e soluções que possam levar à paz na região.
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