Itamaraju registrou o pior desempenho em saúde pública entre os municípios do Extremo Sul da Bahia, segundo dados do Programa Previne Brasil, do Ministério da Saúde. No primeiro quadrimestre de 2025 (janeiro a abril), o município não atingiu as metas em quatro dos sete indicadores avaliados, refletindo falhas graves na Atenção Primária à Saúde.
Os índices revelam a baixa eficiência das ações voltadas ao cuidado com a população. Apenas 15% das gestantes receberam atendimento odontológico, e somente 20% das mulheres realizaram o exame citopatológico (Papanicolau), essencial para prevenção do câncer do colo do útero. O cuidado com doenças crônicas também apresentou resultados preocupantes: apenas 12% dos hipertensos tiveram pressão arterial aferida, e 4% dos diabéticos tiveram solicitação de exame de hemoglobina glicada.
Com isso, o município se destacou negativamente principalmente na prevenção de doenças e no acompanhamento de condições crônicas, áreas fundamentais para a redução de agravamentos e internações.

O levantamento faz parte do sistema de avaliação periódica do Ministério da Saúde, que mede o desempenho das equipes da Atenção Básica. Os dados servem de base para pagamento por desempenho e buscam estimular melhorias no atendimento prestado à população, considerada a principal porta de entrada do SUS.
Entre os critérios avaliados estão:
1. Pré-natal (6 consultas) – número de gestantes com pelo menos seis consultas e início do pré-natal até a 12ª semana de gestação;
2. Pré-natal (Sífilis e HIV) – realização de exames de sífilis e HIV em gestantes;
3. Saúde bucal de gestantes – atendimento odontológico durante a gestação;
4. Exame citopatológico – rastreamento do câncer do colo do útero;
5. Vacinação (Pólio e Penta) – cobertura vacinal de crianças de um ano;
6. Hipertensão – aferição da pressão arterial dos pacientes;
7. Diabetes – solicitação de hemoglobina glicada para diabéticos.
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